Capítulo 5 - Maternidade

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Dona Vitória quase destruiu a escola de tanta gritaria, com razão! Ela nunca sentiu tanta raiva por descuido da escola. Como é possível ninguém ter visto aquilo? Bando de filho da puta.

Já em casa, mãe e filha chegam.

— Mar... Se senta ai, mamãe quer conversar

Mar se senta no sofá, em puro desespero. Será que ela fez certo? Ela só ajudou por ser dever de mãe? Mar está errada? Ela... Ela tem medo de estar errada e prejudicar as pessoas em vão.

Mar se senta no sofá e sua mãe logo depois.

— Pra isso acontecer como aconteceu, você já tava pensando nisso a muito tempo... Por que não contou pra mamãe que tava passando por um momento ruim? Não contou pra sua irmã pelo menos? — O sotaque argentino acabou surgindo de repente sem ela perceber

— Eu... Eu não sei

— Mamãe não quer que você se sinta mal... Mas eu tô me sentindo horrível por não ter percebido que você tava sofrendo antes, como vocês chamam? Gatilho! Você passou por um gatilho muito forte que te fez piorar o que já tava ruim... Mar, eu entendo sempre vocês, fazendo meu mínimo como mãe... Mas eu não sei o que fazer agora, vou te levar pra um psicólogo ou pro médico, os dois até, ele vai saber como te ajudar mais do que eu

— Não chora, mãe, a senhora não tem culpa de eu ter errado... Desculpa

— Você não errou, você fez certo em contar pra gente, essas filhas da puta sem família acham que podem dizer o que querem sem serem punidas, mas eu juro por deus, filha, você é muito mais foda do que qualquer uma delas

Ambas estão com os olhos cheios de lágrimas, Vitória tenta se manter serena enquanto Mar começa a se tremer. A mãe abraça a menina.

— Eu amo você e sua irmã mais do que tudo... Sou capaz de matar um pra proteger vocês

— Te amo, mãe... E desculpa

— Para de pedir desculpa, você não tem motivo pra se sentir culpada

— Para de pedir desculpa, você não tem motivo pra se sentir culpada

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A muitos anos atrás, estava Renata. Implorando para a mãe parar de gritar e machucar a pobre menina, ela sempre chorava desesperada e sentia inveja de Mar e Amaya. Uma mãe tão perfeita quanto Dona Vitória é algo raro.

— Vai contar pra ela ou não? — Amaya pergunta

— Nem fudendo

— Porra, Renata... Depois do que eu vi hoje, eu acho, não, eu tenho certeza que tu precisa urgentemente de ajuda, minha família te ama, por que você simplesmente... Não vem? Minha mãe te ama

— Eu. Não. Vou. Buceta. — Renata diz pausadamente — A vida de vocês já tá caindo aos pedaços sem mim, não precisa de mais desgraça

— A Mar me disse... Você prometeu pra ela, porra, ajuda um pouquinho, pela minha irmã, tabacuda

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