Capítulo IV - A nova professora de DCAT

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Depois que a maior parte da casa já havia ido dormir, Sirius e Mel ficaram conversando no sofá da sala. Na verdade, não era só o sobrenome e o family issues que eles tinham em comum, eles também tinham um gosto musical parecido. Pink Floyd, Iron Maiden, Led Zeppelin, Beatles, Queen... A conversa só foi interrompida quando Harry e Remus chegaram para dar boa noite aos outros dois.

- Harry, preciso falar com você - disse Sirius, então Harry se sentou no sofá perpendicular ao do padrinho. 

Mel e Remus já estavam se preparando para deixar os dois às sós, mas Sirius disse que eles poderiam ficar e que inclusive eles já sabiam do que se tratava. Remus se sentou ao lado de Mel e Sirius recomeçou a falar:

- Conseguimos um lugar pra Mel morar quando não estiver em Hogwarts - disse ele, então Mel e Remus descobriram do que se tratava. 

- Onde?? -  perguntou Harry, ansioso.

- Aqui, comigo - respondeu Sirius.

Harry abriu um sorriso e se dirigiu à Mel, os olhos arregalados de surpresa:

- Meu Deus, sério?? Então acabou, você nunca mais vai precisar voltar pra aquela casa!?

- É Harry, acabou! - com os olhos cheios de lágrimas, eles se abraçaram. Sirius e Remus trocaram olhares e sorriram. 


No dia seguinte, eles também contaram a novidade para os outros amigos e todos ficaram felizes.

Em Hogwarts, eles não viram Hagrid e ficaram preocupados. Além disso, a nova professora de DCAT estava na mesa, Dolores Umbridge. 

Mel só viu Draco de longe com seu brilhante distintivo de Monitor. Ele não olhava para ela e parecia estar se esforçando para isso. Mas uma hora, eles iam ter que conversar. E isso acabou acontecendo logo na primeira semana de aula.

Mel chegou no Pátio e viu Harry e Draco (como sempre, acompanhado de Crabbe e Goyle) conversando. Claro que Draco não ia perder a oportunidade de contar vantagem por ser Monitor e Harry não. Mel se aproximou da discussão por trás de Harry e Draco ficou olhando pra ela.

- Quanto tempo, irmãozinho - disse ela, sarcasticamente.

- Vamos - disse Draco para seus comparsas e virou-se pra ir embora.

- Ele mandou você não falar comigo? - perguntou ela, e Draco apenas parou, continuando de costas. - Ah, claro que mandou. E você como filho perfeito que é, está obedecendo - e então Draco virou e voltou a encarar a irmã.

- Você tem onde morar? - perguntou ele.

- Tenho, não se preocupe - respondeu ela, sem deixar transparecer a surpresa em ouvir a pergunta.

- Eu não estava preocupado - disse ele, sério.

- Eu sei que não - disse ela com um leve sorriso provocativo, então os sonserinos foram embora.

Draco não era um problema muito grande agora que Mel estava livre dos Malfoy. É claro que ela tinha saudades do irmão, mas não daquele com quem acabara de conversar. Ela tinha saudades do mini Draco que foi sua companhia por toda a infância, com quem ela viveu bons momentos. Mas às vezes parecia que aquele Draco não existia mais.

O problema no momento era que muitos alunos em Hogwarts acreditavam que Harry estava mentindo sobre a volta de Você-Sabe-Quem, assim como o Profeta Diário estava espalhando. O mundo bruxo estava infestado de cegos que não queriam ver e isso era irritante. Mel carinhosamente os apelidou de "idiotas negacionistas" e seu ranço por eles só crescia a cada dia. Já estava tudo tão difícil com a volta de Você-Sabe-Quem e com a morte de Cedric, e esses idiotas ainda queriam colocar a culpa em Harry. Mel discutiu com meio mundo na Lufa-Lufa por causa disso.

A Profa. Umbridge era uma dessas idiotas negacionistas. Suas aulas eram horríveis e não ensinavam aos alunos se defenderem contra as artes das trevas porcaria nenhuma. Ela era feia, irritante e deixou Harry tendo um semana de detenção com ela toda noite.

Harry obviamente estava abalado depois de tudo que viveu na final do Torneio Tribruxo e pelo o que Mione contou à Mel, ele discutiu com a professora em uma aula e então ela o deixou de detenção. Depois da primeira noite, Mel perguntou o que ele teve que fazer na detenção e ele disse que só teve que escrever. Por algum motivo, Mel não sentiu que Harry estava dizendo a verdade.

E acabou que ela estava certa. Bom, mais ou menos. Harry não mentiu, só omitiu. Na terceira noite de detenção de Harry, Mel estava na aula de Astronomia. Antes de voltar para a Lufa-Lufa ela passou no banheiro, e quando saiu encontrou com Harry saindo da sala de Umbridge.

- Boa noite, Harry! - disse ela baixinho no corredor deserto.

- Ah, boa noite, Mel - respondeu ele.

- Como foi a detenção?

- Como sempre, né - ele mal acabou de responder e Mel reparou algo de diferente em sua mão: estava escorrendo sangue.

- Harry! - exclamou ela pegando a mão dele. Os cortes formavam a frase: "não devo contar mentiras". - Caneta que corta a mão? - perguntou ela voltando a olhar para ele, sem soltar sua mão, e ele concordou com a cabeça. Ela então o puxou para o banheiro que ela havia acabado de sair e começou a limpar o machucado.

- Mel, esse é o banheiro feminino, e eu sou um menino.

- Ah, não me diga. Você acha que uma hora dessas alguém vai aparecer aqui? - disse ela enquanto pegava uma poção para machucados. - Vai arder um pouco, tá? - mas antes que desse tempo dele responder, ela passou o remédio nos cortes e ele fez uma careta que dizia: "ai, ardeu mesmo". 

- Assim, desculpa perguntar, mas porque você tem uma poção para machucados na mochila?

- Nunca se sabe quando vamos precisar né  - respondeu ela. - Leva esse com você pra passar amanhã de novo, eu tenho outro na Lufa-Lufa.

Harry agradeceu e levou a amiga até a Casa dela, mesmo com ela dizendo que não precisava. 

Em Busca da Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora