As palavras saíram da minha boca antes mesmo que percebesse. Oficialmente eu não era uma Volturi, não era casada com o Marcus e nem fui convidada a entrar para o clã – até porque ele era um clã para vampiros – por algum motivo eu já me considerava parte daquele clã bizarramente poderoso. Masha não se importou em seguir minhas ordens, o frio era intenso para os sentidos sobre-humanos que possuía.
- Irei chamar alguém para me substituir – Disse Jonathan depois que a Voda se trancou no banheiro.
- Sabe, eu não irei a lugar algum nesse estado – Apontei o dedo para onde estava o meu ferimento. – E estamos em uma fortaleza com inúmeros vampiros, não preciso de segurança vinte e quatro horas.
O vampiro deu um sorriso de canto e disse a mesma coisa que eu falei a Masha.
- Só estou seguindo ordens. – Dei um suspiro longo.
- Aro? – O vampiro negou, com certeza era o Marcus.
- Converso com o Marcus depois, é melhor você ir se trocar. Vocês dois molharam todo o chão.
- Mandarei alguém limpar.
Jonathan perguntou se eu queria ajuda para ir para cama, eu neguei, ficaria por ali mesmo, antes de sair o vampiro deu mais uma olhada em mim e se foi. Com a minha magia fiz um dos meus livros de magia aparecer em minhas mãos, à pequena Moroi demoraria uns quarenta minutos no chuveiro e eu precisaria me distrair nesse tempo, nada como colocar meus estudos mágicos em dia, estava bem atrasada. Pude treinar alguns feitiços simples antes da garota sair do banheiro enrolada em um roupão com uma toalha enrolada nos cabelos, suas bochechas estavam coradas, dando um belo contraste com sua pele naturalmente pálida.
- A água estava ótima! – Sorriu a jovem Moroi.
- Que bom. – Sorri em resposta. Apontei para o armário indicando como ela deveria prosseguir. – Pode pegar qualquer roupa, a maioria é nova, na gaveta tem roupas de baixo, também são novas. Tenho mais corpo que você mais acho que servirá.
- Desde que esteja seca para mim esta ótima. – Ela se vestiu bem rápido.
Depois de pentear os cabelos molhados se sentou nos pés da cama de frente para mim.
- Já que estamos dentro de um clã de vampiros – Sua voz estava hesitante, parecia receosa com suas próximas palavras, me deixando inquieta. – imagino que tenham provedores.
O que eram provedores na cultura dos Moroi? A resposta veio rapidamente, ela estava com fome, precisava de um provedor de sangue. Como faziam isso aqui mesmo? Oh céus.
Olhei pra porta já imaginando que teria um vampiro atrás dela e falei em um tom um pouco acima do normal.
- Se tem um vampiro atrás da porta poderia tentar arrumar alguém que sirva de alimento para a vampira aqui no meu quarto. – Mesmo que o vampiro misterioso não pudesse me ver, eu ainda apontei o dedo para a Voda.
- Me dê um instante. – O vampiro em questão era nada mais nada menos que Liliana. – Sorri – A vampira tinha subido em meus conceitos ao me consolar depois das ameaças de Loki.
- Obrigada Lili.
A Moroi me lançou um sorriso envergonhado.
- Não precisa ficar assim, você é vampira e vampiros tem sede – Tentei tranquilizá-la.
- Falando em sangue. – Disse hesitante – Você esta machucada né? Você disse que a marca tentou te matar.
- Não foi bonito. – Interrompi – Uma barra de ferro atravessou meu abdômen, por isso o Jonathan foi lhe buscar, eu não posso me esforçar.
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UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO
Hayran KurguMegan Rodrigues era só mais uma qualquer no mundo, sem planos para o futuro, apenas vivendo um dia de cada vez, até que em uma tarde todo o seu mundo desaparece e é introduzida em um mundo até em tão desconhecido. Marcus Volturi decide sair da sua f...