Nono capítulo

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Lavínia Brandão

O Sergin me deixou em casa por volta das 03:00 da madrugada, quase dormi no elevador. Quando entrei em casa me esbarrei com a Cat no sofá, ela estava cochilando mas acordou com um susto quando a porta bateu.

- Que susto, porra!- ela disse.

- ta devendo ? - brinquei.

- Nossa, você tá fedendo a maconha

- E eu nem fumei, acredita? - disse rindo.- Cara, eu levei carreira da polícia.- disse rindo.

- Nossa, quem é Pablo Escobar na sua frente? - ela disse impaciente.

- Vai dar sua bunda. - Agora a desgramada rir.

- Você tá metendo a louca mesmo.

- E você, tá de casalzinho.- ela riu.

- Não amiga, é que diferente de você, eu quero ser engenheira.. Faço por amor. - revirei os olhos, mas compreendi.-

- Você tem razão. Mas se precisar.. - me encostei na porta e desci até o chão. - Estou aqui. - ela riu.

- Vai dormir, sua bêbada. - sai de lá rindo e fui me ajeitar pra dormir.


Acordei às 07:00h com meu celular tocando, quase jogo ele na parede, mas vi a foto do meu pai na tela.


- Oi papai.. - disse soltando um suspiro.

- Ainda dormindo ? - olhei novamente o celular pra ver se eu estava louca.

- Pai, são sete da manhã.

- Uma hora dessas já revisei três processos, já fui correr com o Luke - nosso cachorro-Treinei e agora estou pisando em solo carioca..- levantei de um susto.

- Creio em deus pai. - disse assustada.- Tá no rio?

- Sim, indo pro seu apartamento.. Que tal almoçar com papai ? - minha alma bateu print. Olhei a bagunça que estava no meu quarto e no resto de maquiagem no meu rosto.

- Sim.. Podemos almoçar no shopping.- comecei a juntar as roupas pelo quarto.- você não disse que viria.

- E precisa avisar pra matar a saudade da minha caçulinha? - eu engoli seco.- Se apronte, logo estou passando ai para irmos ao shopping e depois vamos almoçar em um restaurante de um grande amigo.

- Tudo bem. - desliguei.

Nunca arrumei um quarto tão rápido, gritei pra Cat que meu pai estava vindo e fomos arrumar a casa bem rápido, depois fui tomar banho, tirei o resto da make, mas a cara não negava de pura ressaca, bebi uma xícara de café.

Vesti uma calça jeans que desenhava meu corpo, um cropped tomara que caia estilo corset só que de renda na cor preta e um blaser também preto, deixei meus cabelos soltos, calcei um salto e peguei a bolsa.

Meu pai já estava na sala conversando com a minha amiga.

- Oi filha.. como está sendo a vida de adulta ? - disse abrindo os braços vindo me abraçar

- Tudo bem, papai.- beijei sua bochecha e o abracei.

- As duas vão almoçar comigo, hoje vou encontrar com uns amigos.

- ótimo, tio.- minha amiga estava com
Um vestido colado branco e o cabelo em um rabo de cavalo.

- não dormiu bem filha?- olhei pra Cat.

- fiquei até tarde estudando. - menti na cara dura

- Sabe que qualquer dúvida você pode falar comigo, não é mesmo? - me senti mal, acho que preciso melhorar como filha é estudante.

- Sei sim.

Mais tarde

Chegamos no restaurante do amigo do meu pai, em uma mesa mais afastada tinha em torno de uns 10 homens.

- vocês podem sentar aqui, logo eu volto, podem ir pedindo. Peçam um vinho. - concordei.

Sentei e esperei garçom, logo fiz o pedido e comecei a mexer no celular.

- Minha nossa, Lavínia.- levantei a cabeça com a forma afobada que a Cat me chamou.

- que qui e doida.

- olha quem tá na mesa com seu pai.- levantei o olhar e então encontrei com o Abner, ele estava com um sorriso lindo no rosto.

- Puta que pariu.- coloquei o carpido tampando meu rosto.

- eles estão vindo.- senti minha alma bater print.

- Meu Deus, o que eu faço.

- Tira o óculos, pra começar.- ela também estava escondida atrás do cardápio.

- Você tá lou..- senti um vento e então notei que meu pai puxou o cardápio que escondia eu e minha amiga.

O rosto do Abner se transformou em um ponto de interrogação, ele abriu levemente a boca como se não acreditasse, mas logo sorriu e passou a língua nos lábios... DROGA.

- filha, esse é Abner, ele é meu novo cliente.- se eu tivesse com algo na boca, com certeza voaria pra fora.

- Abner, essa é minha filha, Lavínia e sua amiga, minha sobrinha Catarina.- ele balançou a cabeça em sinal de negação.

DESTINO TÁ ME ACHANDO COM CARA DE PALHAÇA? DE NOVO?

- er..- limpei a garganta.- Prazer.- a Cat soltou uma risada discreta.

- Prazer em conhecê-las.- disse todo formalmente.

Nem parece que há uns dias atrás estava me comendo no carro em frente minha casa.. tem como piorar essa situação?

- eu vou cuidar da parte burocrática dos estabelecimentos dele.

- Sim.. dos meus restaurantes.- ele se apressou em dizer.

-Sim. Ele está em um processo de transferir os restaurantes para a esposa.- eu entendi direito?- Minha filha logo será uma advogada também. - eu não consigo acompanhar.

Pera, esposa? Esse filha de uma puta é casado ? A Catarina estava perplexa como eu.

Não consegui controlar minha boca se formou um "0" e eu não consegui disfarçar minha cara.

- Ótimo, a família toda preparada...- interrompi o Abner.

- Com licença, preciso me ausentar..- levantei e sai de lá correndo pro primeiro banheiro que encontrei.

O homem que tirou minha virgindade e passou duas semanas me comendo é cliente do meu pai e casado ? Tem como piorar ?

Respirei fundo tentando me acalmar. Medo do meu pai descobrir tudo, aí já era, ele me joga pra fora do Brasil de novo e já era.. que raiva! O infeliz é casado.

Após me controlar, eu saí do banheiro e fui em direção a mesa do meu pai, mas senti me puxarem pelo braço.

- aí..- reclamei.

Era o estupido, ele me encostou em uma parede ali perto, mas não deixei ele falar.

- casado? - taquei um tapa na cara dele e já ia sair.- Nojento..- ele me olhava sem crer. Fui sair mas lembrei de outra coisa.- Não comenta com meu pai que me conhece.- apontei o dedo no rosto dele e sai de lá.

Eu acho que ele estava espumando quando eu saí.

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