17. A casa e seus segredos I

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Ruby não se lembra de como adormeceu-se, mas acordou-se com o barulho de um banque alto. Fazendo ela vibrar-se na cama imediatamente.

-Jake? - perguntou ela hesitante, ofegante e assutada.

Ele logo apareceu, preocupado por ela.

-Está tudo bem, está com dor? Febre? Fome? - perguntou ele se sentando ao seu lado e medindo à temperatura dela na testa com a mão.

-E-eu to bem. - disse ela confusa e hesitante- que barulho foi este? - perguntou ela ainda assustada ao lembrar-se daquilo, ela nunca ouvirá algo aparecido como tiro mais com um banque junto.

-Eu devia saber que aquilo à assustaria. - -murmurou ele baixinho- Era a rolha do vinho querida. - disse ele suave passando a mão no rostinho dela e desgrudando o cabelo ruivo do pescoço suado, pelo visto o sonho não foi tão bom assim.

-Está tudo bem. - mentiu ela se descobrindo do cobertor e sentando na cama antes que ela pudesse sair ele foi mais rápido pegando o seu braço delicadamente.

-Não, não está. - afirmou ele estudando o rosto dela- precisa de alguma coisa? - perguntou ele protetor.

-Não quero ser chata o bastante mas eu preciso comer. - disse ela com certa timidez- O que temos para comer? - perguntou ela.

-Eu estava fazendo lasanha, espere aí. - disse ele impedindo à mesma de se levantar e indo até a cozinha com um prato e voltando para o quarto- experimente. - murmurou ele.

Ruby olhou o prato, havia uma lasanha mau feita mas apetitosa, não pensou duas vezes até aquele prato estar vazio.

-Estava bom? - perguntou ele ao seu lado.

-Você é horrível - disse ela fazendo-o rir- Mas estava bom. - emendou ela.

-Deseja mais? - perguntou ele se pondo de pé.

-Sim, por favor. - disse ela lhe entregando o prato e vendo ele sumir novamente.

Ela respirou fundo e pensou no barulho mas, quando fechou os olhos tudo o que via era pólvora e sangue, corpos sem vidas e sons de tiros. Ela logo abriu os e balançou à cabeça negativamente. Agora não. Ela não vai deixar os problemas afetarem mais sua gestaçao do que antes, ela precisa parar. Ela precisa sobreviver. Ela não precisa desses tumores denovo, ela só precisa de respostas, apenas isso.

Quando ela tava prestes à se levantar a Jake surgiu e negou, entregou o prato a ela e um copo d'água.

-Desculpa à demora, fui conferir o fogão e guardar os restos. - explicou ele.

-Tudo bem, e você não vai comer? - perguntou ela aceitando o prato e já dando umas garfadas.

-Já comi querida, não precisa se preocupar. - disse ele acariciando à face dela que se encolheu um pouco com o toque envergonhada.

-Eu preciso sair. - disse ela largando o prato delicadamente na cama e se arrumando apressadamente.

-Por quê? - perguntou ele preocupado- Está tendo constrançao? - emendou ele já pasmo.

-Não! - disse ela em negaçao- Tá louco, eu já disse que eu não vou parir aqui, por favor! - disse ela emburrada botando o mesmo gorro e um casaco de lá vermelho ou rosa de crochê, junto com um cachecol e abrindo a porta para descer.

-Tem certeza? Eu posso pedir um cirurgião local... - e é interrompido.

-Jake! - repreendeu ela- Eu não vou parir tá bem?! - gritou ela- e pare de ficar falando isso toda hora, eu não quero parir aqui! - emendou ela nervosa- Eu só preciso sair, passear, relaxar. Não me agoniar! - soltou ela se acalmando aos poucos e se encaminhando para as escadas se apoiando no corrimão e descendo.

A Capitã e o pirata [Volume 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora