26.

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   — EU NÃO DISSE QUE você teria que ficar parada? - O garoto nem se virou para olhar para ela, sabendo perfeitamente quem o estava seguindo.

— Ainda não consigo me acostumar com o resto. - Ela simplesmente se justificou. — Por favor, deixe-me acompanhá-lo, prometo que tentarei não carregar.

Ele parou de andar e olhou por cima do ombro para ela, seus olhos ligeiramente caídos e aquele sorriso suplicante. Ele olhou para os pés enfaixados, vendo que ainda lutava para se sustentar.

— Não, diga a Soyeon para lhe dar pomada para as feridas. - Ele apontou para os pés. — Você ficará com o grupo até se curar.

— Quero ficar com você. - sentenciou, fazendo com que o outro o olhasse com desdém.

— Não é que você não se acostumou? - Perguntou ele. — Não somos bons, pequena princesa.

— Mas também nada mal. - Ela mesma saiu para defendê-los. — Eu os vi, e você até me salvou. - Ela sorriu sinceramente para ele, lembrando-se do momento.

— Eu matei uma pessoa, Monica. - O remorso saiu escondido naquelas palavras, ela notou.

— Era ele ou eu. - Ele respondeu da forma mais séria possível. Ignorando a dor em seus pés, ela caminhou até ficar completamente na frente dele, procurando seu olhar. — De modo que acreditei que a única saída para aquele sofrimento; era para morrer. - Relatou com dificuldade, tendo ainda vívida a terrível experiência. — Salvaste-me de morrer em vida e em alma. Se minha liberdade está sujeita a você, que assim seja.

O homem colocou o arco no ombro, sem saber o que dizer.

—Por favor, não tenho para onde ir. - Ele continuou implorando.

Incapaz de dizer não, ela estalou a língua e assentiu.

— Tudo bem, mas você vai ficar com Soyeon, suas feridas ainda não cicatrizaram e você pode se machucar se não descansar. - Ele apontou para seus pés e seu olhar fixo na boneca de pano amarrada em sua cintura com um corda. Um sorriso sincero cruzou seus lábios. E não tenha medo dos meninos, eles são rudes, mas gente boa.

Ele sorriu, concordando com as palavras do loiro.

— Você vai voltar, certo? - Ainda em dúvida, ela perguntou e ele assentiu.

— Tenho que me encontrar com um informante, acho que o plano não falhou de jeito nenhum. - Ele contou a boa notícia, surpreendendo a garota.

— Parabéns! - Sua felicidade era sincera, ela silenciosamente agradeceu a Deus.

— Vamos tentar o que está em nossas mãos para que este não termine como o outro. - A preocupação se refletiu naquele sorriso fraco que ele deu a ela e ela assentiu compreensivamente.

— Aquele homem decidiu a morte pela libertação de seu povo, duvido que aqui ele seja atormentado por tolos para repetir a situação.

Isso fez o loira rir sinceramente.

Ela ficaria surpresa com isso.

— Eu já acredito.

Sem mais delongas, os dois se despediram ali. Cuidadosamente, ela voltou ao acampamento improvisado que aqueles rebeldes tinham, sendo recebida por um prato de sopa.

— De novo com Han? - A outra mulher perguntou graciosamente, enquanto a entregava o prato. — Menina, já te falaram que você devia descansar, você nunca escuta?

— Eu estaria morta se o fizesse. - Ela zombou de sua própria situação. — Além disso, eu quero ajudar. Me ofende ser cuidada por todos vocês, também quero me sentir útil. - Ela simplesmente respondeu, sentando-se ao lado das raízes de uma grande árvore.

𝐒𝐊𝐘. lee minhoOnde histórias criam vida. Descubra agora