Capítulo 40.

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PABLO IMPERADOR.

Xará: Sei não se é certo comprar uma guerra com teu pai por causa de um capricho teu, Imperador. - falou pra mim.

Imperador: Tem certeza? - abri a minha mochila lotada de dinheiro do que eu vendi de droga pela pista a semana inteira.

Eu podia não entender trigonometria esférica, mas entendia o esquema do tráfico e como eu tinha facilidade em vender droga pra playboy e pra viciado.

Sabia que corria risco do meu pai descobrir e me dar uma coça de perna de três, mas eu gostava do risco, gostava do poder e daqui a duzentos anos PH Falconi ia precisar de um sucessor.

Nasci no mesmo dia que a minha vó faz aniversário e enquanto isso acontecia, minha vó e meu vô botava verme pra correr no Alemão, daí cresci e me criei no barulho da bala.

Já dizia tia Jaqueline: o rio só corre pro mar.

O vulgo que um dia pertenceu ao meu avô materno biológico agora me pertencia, mas tinha toda uma referência por trás daquela que a cabeça vale mais a cada ano que passa: a minha vó.

Neto de Imperatriz, Imperador será, não é?

Imperador: O bagulho é simples, tu me deu uma semana pra eu te provar que dava conta do recado e a missão foi cumprida! Se eu não fechar aqui contigo, posso muito bem atravessar pra Penha e fechar lá. - blefei.

Seria verídico se o Thiago já tivesse assumido, mas tio Marreta ainda é quem dá as ordens por lá e sabe quando que ele ia aceitar eu traficando por lá? Nunca! Primeiro que ele é todo caretão e segundo por amor a minha mãe.

Xará: Já que tu tá dando tua palavra de sujeito homem e não vacilou na missão, vou te fortalecer também, mas vai começar de baixo igual geral. Tá disposto mermo? - perguntou curto e grosso.

Imperador: Tô, pô. - falei firme.

Xará: Agora já era, não dá mais pra voltar atrás. - ele falou por fim.

Ele foi passando o fundamento da favela todinha, mandou um moleque lá me levar pra dar um giro pela favela. Como se eu não conhecesse a Fazendinha, mas mesmo assim eu fui e era até melhor que eu ia saber onde me esconder, onde era os ponto e quem era quem.

Passei um tempo na função e depois eu fui pro Alemão e dei uma passadinha na boca e o tio Falcão estava lá na frente, estava fumando um baseado enquanto me encarava todo sério.

Falcão: Brota aqui, Pablo. - ele falou todo sério.

E eu fui né? Na certa ele descobriu que eu levei a Bárbara pra casa da Luíza algumas vezes durante esse tempo e ele ia falar um montão.

É, ele ainda tinha dificuldade no relacionamento dele de pai e filha com a Bárbara que agora mal olhava na cara e ele também não dava o braço a torcer.

Imperador: Qual foi, tio? - me aproximei dele e ele entrou na boca. Eu o segui e assim que passei pela porta eu fechei.

Falcão: Tem uma semana que eu tô com umas paradas aqui na minha cabeça e as coisa só caindo no meu conhecimento. Queria saber que caralho tu tá pensando da tua vida? Ou melhor, se tu vai ter peito pra sustentar a escolha que tu tá fazendo. - ele me olhou sério e aí já pensei na possibilidade dele estar jogando verde.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora