28.

78 12 9
                                    

   EU AINDA NÃO TINHA VINTE anos e já levava uma vida de dama.

Pelo menos em mil e seiscentos.

Minho havia enviado a carta oficial ao rei para pedir sua bênção sobre a união e ele havia falado com os Wedkings, contando-lhes seus planos.

Naquela época, Seungmin olhava para tudo com desconfiança.

Eu sabia que ele estava desconfiados com o que eu havia lhe contado. E ele estava certo. Mas o melhor agora seria me afastar dele.

Vagas lembranças daquele dia discutindo no prado vieram até mim, quanto mais eu pensava sobre isso, mais estranho o comportamento de Seungmin se tornava.

Sem contar o quanto ele ficou chateado quando mencionei que Minho estava de guarda no jardim.

Eu queria me bater, falar disso também foi um impulso meu. Eu não deveria fazer isso.

E havia mais coisas; o tempo no bar, as ameaças e a insistência...

Mil e duas coisas gritaram comigo que Seungmin não era confiável e que talvez ele seja estúpido. Eu não arriscaria ficar mais tempo com ele, eu não estou interessada em verificar o quanto ele esconde.

— Você gostou da casa? - Minho perguntou, tirando-me dos meus pensamentos e tendo seu olhar e o do atual dono em mim.

O Sr. Wedding tinha cuidado de Minho e tinha recebido mais uma semana de folga em seu trabalho, muito permissivo, ouso dizer.

Mas isso não me incomodou, Minho era particularmente... detalhista.

Especialmente desde que ele finalmente me tirou de casa mais de uma vez no que ele estava fazendo. Ele tentou se vestir com chapéus extravagantes e véus com a desculpa de não querer se bronzear. Isso e que havia um homem potencialmente louco que insistia em saber quem eh era antes de cometer um assassinato.

Mas por que negar, o chapéu com flores roxas ficou maravilhoso em mim.

— Eu gostaria de ver o quintal, se não for muito incômodo. - Eu perguntei gentilmente.

O Minho tinha me dito para acordar cedo para ver as casas à venda e três das cinco que vimos eram muito grandes, maiores que o lugar onde seria o casamento, ouso dizer. Os outros dois eram do mesmo tamanho de de minha casa.

A senhora nos conduziu ao quintal. Por ser uma casa mais centralizada, era incrivelmente grande e tinha quintal próprio, inclusive, parecia ainda mais moderna que as demais-considerando a época, pelo menos na fachada.

Não foi ruim.

— Tem espaço suficiente para praticar jardinagem, se for algo que a senhora seja apaixonada. - A mulher riu, olhando para mim e presumi que se referia a mim. Ela me chamou de  senhora.

Ele acabou de me chamar de senhora.

— Ela é adorável. - Eu não tinha mais nada a dizer, pelo simples fato de que não poderia mandá-la comer merda. Se eu pensar sobre isso, ela era uma senhora com idade suficiente para ser minha tataravó ou algo assim, eu acho. — Eu gosto dela.

— Está localizado numa zona agradável e os vizinhos são excelentes pessoas, realmente não vais encontrar melhor oferta com estas condições. - A mulher voltou a falar. — Foi construído pelo meu falecido marido, mas agora que decidi casar-me de novo, quero que a história de outra família esteja escrita naquelas paredes. - Ela sorriu gentilmente. — Me encheria de alegria saber que um jovem casal viverá nela.

— Você gostou, querida? - Minho perguntou novamente e por uma simples pressão, eu assenti. Fiquei com vergonha de dizer não para a senhora da frente. A casa era muito grande para nós dois. — Vamos comprá-la.

𝐒𝐊𝐘. lee minhoOnde histórias criam vida. Descubra agora