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Deidara respirou fundo para tentar manter a calma, para não entrar em colapso nervoso.

Não era a hora exata para poder surtar e tentar resolver do seu jeitinho. Estava vulnerável, não estava em um local que conhecia e ao menos enxergava por ter uma venda negra cobrindo seus olhos. Na realidade, nem podia se mover: estava amarrado em uma cadeira com cordas que machucavam sua pele.

Não podia mentir e dizer que não sabia como fora parar ali. Sabia muito bem.

Tentou recuperar um item que fora roubado e que iria ser vendido em um leilão bilionário. Seu senhor lhe colocou naquela missão difícil e que pedia muito conhecimento tecnológico - o qual Deidara tinha de sobra -, mas claramente não sabia que seria descoberto e sequestrado.

Lembrava muito bem de dar instruções para Konan, uma das pessoas de seu trio, e começar a perder as imagens da mulher pouco a pouco. No próximo segundo, sentiu o cano de uma arma encostando em sua nuca e uma voz mandando que abrisse o cofre.

Sem escolhas, Deidara o fez.

"- se você prometer que não vai atirar...- o ômega começou. - se você prometer, eu abro...

- não se preocupe. Vou poupar sua vida. - a voz grossa e pesada disse e Deidara paralisou. Era um alfa dominante.

- não estou falando sobre mim. Quero dizer sobre os meus colegas que estão lá. Os dois. - pelas câmeras, pode apontar delicadamente para Konan e Sasori, os quais ainda avançavam na missão.

- e você? Então posso te matar?

- não...- engoliu em seco. - não me mate.

Com um suspiro, sentiu a arma sendo retirada de sua nuca. As mãos grandes e fortes então tomaram seus ombros e Deidara teve que digitar os códigos rápido, abrindo as portas com facilidade.

- bom trabalho, garoto! - naquele mesmo instante, seus colegas foram imobilizados por vários seguranças armados.

O ômega não foi diferente. As mãos que antes tocaram seus ombros lhe colocaram contra a mesa e o algemaram com força.

Ali, fora desmaiado e só acordou em uma cama totalmente amarrado e com a maldita venda nos olhos.

Duas pessoas lhe carregaram para uma cadeira, a qual estava sentado até agora."

E era isso. Nem mesmo um ômega dominante conseguiria se soltar daquelas malditas cordas reforçadas, então era obrigado a ficar ali, parado, olhando para um lugar que ao menos sabia qual era.

- você disse que ele tem cooperado. - uma voz começou.

- ele é um ômega. Seria perigoso se tentasse se vingar.

- duvido que você tenha que se preocupar com isso. Se fosse para causar problemas, ele já teria o feito.

- ele pode estar esperando uma oportunidade. - alguém realmente lhe considerava uma ameaça?

Quer dizer, so era um pouco perigoso quando se tratava de tecnologia. De resto, era fraco e sem utilidade alguma. Não apresentava nenhum tipo de ameaça para qualquer um ali se não tivesse um aparelho eletrônico nas mãos.

- ah, uma oportunidade?! Ele já perdeu todas as chances! - alguém suspirou. - esquece. Você já pode sair.

Ouvindo passos e uma porta sendo trancada, Deidara soube que estava sozinho com um desconhecido.

Então, em segundos, a venda de seus olhos fora arrancada e jogada sobre uma mesa, deixando o ômega de cara a cara com um alfa.

Por conta da luz e da sensibilidade de seus olhos - os quais estavam desacostumados com a luz. -, não conseguiu ver nada por alguns instantes e teve que derramar algumas lágrimas. Olhos claros eram frágeis demais.

A origem das espécies - Obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora