Meu nome é Júlia França. Eu sei. Meu sobrenome pode parecer bonito para algumas pessoas, mas para outras é motivo para criar apelidos. Eu moro em Minas. Moro em uma cidade não muito grande chamada Sarzedo. Vivo com meus pais e meu irmão mais novo. Antes que comecem a criar dúvidas, não, eu não sou maior de dezoito anos, e provavelmente quem está lendo também não é, então não teremos este tipo de conteúdo aqui. Eu tenho doze anos. Quase treze. Gosto muito de ler, escrever e aprender coisas interessantes. Me consideram uma pessoa muito inteligente, ou melhor, a nerd da sala de aula, ou apenas aquela garota que passa as respostas das atividades. Não tenho muitos amigos. Tenho apenas os de confiança. E as vezes até fico sozinha no intervalo da escola, mas bem as vezes mesmo. Não vou mencionar os nomes, pois minhas amizades mudam o tempo inteiro. Me considero uma pessoa confusa. Ninguém entende a minha cabeça e o que se passa nela. Sou só eu e minhas paranóias. Meu comportamento, normalmente, é de uma pessoa melancólica. Mas pode mudar a qualquer momento para o de um sanguíneo. Não sei me fingir de "deprimida". Estou sempre alegre e as pessoas me conhecem assim. Por mais que eu tente estar na deprê, sempre vou deixar a máscara cair de alguma forma. Sou uma pessoa confiável. Muitas vezes tenho medo de agir. Mas outras vezes eu faço como se aquela fosse minha única chance. E quais são os meus medos? Eu tenho medo de errar. Tenho medo de ser excluída ou diferente na sociedade. Temo em ser deixada para traz. Mas ninguém entende o meu medo além de eu mesma. Agora.... Uma pergunta que me quebra, o que eu quero ser quando ficar maior? Quais são as minhas metas e o que eu quero para a minha vida no futuro? Eu simplesmente não sei. Não consigo pensar em algo. Quero ser uma pessoa madura. Quero ser eu, só que melhor. Me preocupo um pouco com o que quero fazer na vida. Já pensei em ser muitas coisas, como escritora, por exemplo. Falam que tenho capacidade para isso, mas não tenho certeza se é isso que quero. Já pensei em ser modelo por causa da minha altura, mas eu sabia que não era isso que eu queria. Já pensei em ser bailarina, polícia, dançarina, cantora... Se não me engano, já quis ser até princesa. Estava pensando nisso, queria trabalhar com algo que envolvesse a escrita, como ser compositora. Não sei o que quero, e provavelmente não sou a única que está nesse desespero. Mas uma coisa eu digo a vocês que são da minha idade, não se preocupem com isso agora, estudem, se esforcem e vivão a vida, pois é vivendo que descobrimos o que queremos ser.
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A garota que não queria crescer
PoetryEssa é para aqueles que têm coragem para sonhar e medo de viver.