capitulo três: TEACHER

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PARK JIMIN

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PARK JIMIN

Talvez meu sonho ainda não estava lá no fundo do poço, é algo que eu ainda queria acreditar, mesmo que fosse pouco. Meus pais passaram um tempo insistindo para que eu voltasse para a escola quando aquilo aconteceu, mas eu não conseguia ver mais sentindo.

Se não é algo que fosse justo, porque valeria o esforço? Para nada? Para ser infernizado porque alguém não ganhou em algo?

Não tem como mudar, eu culpo Minari acima de tudo, aquela reação da mãe dela eu já esperava, mas a reação dela me fez sentir que eu nunca a conheci. E de fato, eu nunca conheci Mina, mas queria algum dia poder conhecer para saber se é realmente justo culpar ela acima de tudo.

Mas tempos se passaram e eu já tinha 20 anos, decidi voltar para dança, não tenho 100% de certeza se estou pronto, mas iria participar de outro concurso, que aconteceria só no ano a seguir. Iria realizar meu sonho e se Mina ainda estivesse lá, faria questão de descobrir se ela era uma pessoa diferente, se ela se arrependia de algo.

Eu sou um bom dançarino, nunca duvidarei disso, sei que sou bom, mas é realmente isso que eu quero? Ainda fico me perguntando bastante sobre essas coisas.

Bom, teria que dar tudo de mim nas apresentações, tinha tanta gente boa lá quanto havia naquela época. Porém eu estava confiante de que iria conseguir.

Eram totais 6 apresentações.

Eu estava trabalhando meio período pela manhã, mas à tarde, eu treinava as coreografias para minhas apresentações. Eu ainda não tinha amizades, eu estudei em casa até os 17, apenas aos 18 e aos 19 fui à escola. Ninguém nunca falava comigo também e eu era – ainda sou – tímido o suficiente para entrar em pânico quando pensava em puxar assunto com alguém.

Mas acho que preferia assim, de certa forma, eu gostava de ser invisível, assim eu não teria chances de ser um atraso na vida de alguém, não teria chances de ter gente desgovernada obcecada por mim, tinha chances de nunca conhecer um ou uma Mina 2.0.

Eu tinha chances de ser feliz por mim e pelas minhas coisas, sem ninguém para destruir.

Treinei por um ano inteiro para participar do concurso, esperei anos, para finalmente ter a minha chance, eu venci o concurso.

Hoje foi o dia em que ganhei o concurso pela segunda vez dentro de seis anos, sabem o quanto isso é incrível? Hoje foi o dia em que eu corri para casa como se não houvesse amanhã e arranquei belos sorrisos do rosto dos meus pais, o dia que eu chorei abraçando a mamãe como eu nunca havia chorado.

— Queria que fossem junto comigo, não sei se estou pronto para deixar vocês — revelo, minha mãe dá uma risada e beija minha testa, dizendo que estava tudo bem e que iriam me visitar quando pudessem.

Nem acredito que vou para Nova Iorque, espero que eu deixe essa timidez idiota de lado e faça amigos, quero conversar com muitas pessoas, ser convidado a bares e a festas como qualquer outra pessoa da minha idade faz.

Dancer; JMOnde histórias criam vida. Descubra agora