•Karl's POV•
Eu estava com Sapnap, no carro novamente, a caminho da DKW. Estou um pouco nervoso em ter que capturar Christopher cara a cara na minha primeira missão, mas eu apenas estou respirando fundo e mandando pensamentos ruins para longe.
Sapnap estava dirigindo com uma expressão meio rígida. Nesses últimos dias, eu pude notar que ele é uma pessoa que pode se irritar facilmente, mas que raramente vai perder a cabeça, como no dia do festival de música.
Minha madrasta fez da minha vida um completo inferno. Isso é algo que eu sei que se ele soubesse de detalhes, ele não ficaria quieto.
Gosto de saber que ele se preocupa a esse ponto comigo, já vi ele ficar irritado com muitas pessoas, mas quando ele está falando comigo, ele é literalmente a coisa mais fofa do mundo.
Olhei para a aliança de compromisso no meu dedo, a ametista brilhava na luz do sol, tão lindo. Sorri bobo ao me lembrar de ontem, nós somos oficialmente namorados agora.
Tenho que arrumar tempo para contar isso a George e esfregar na cara dele que Sapnap me deu alianças antes do Dream fazer o mesmo com ele.
Estou incrívelmente mais feliz na DSMP do que com minha família, se é que eu posso os chamar assim. Minha única família de verdade sempre foi o Gogy e ele está feliz e junto comigo, e além disso, pegando um chefe de máfia.
Já é mais que claro que George tem Dream na ponta dos dedos. Ele é literalmente muito simp por George e isso é muito fofo.
Mas, depois do dia do festival, parece que meu passado vai voltar a me assombrar a qualquer momento. Estava devendo contar a Sapnap quem era aquele homem e o que eles fizeram de ruim para mim. Minha consciência está pesando por não ter o contado isso ontem mesmo.
- Sap? - Disse.
- Oi gatinho, algum problema?
- Falta muito tempo pra' a gente chegar?
- Bem.. - Ele checou o gps. - Acho que talvez uns... 20 minutos, algo assim? Mas está tudo bem mesmo? Quer voltar para casa? Posso te deixar no meu apartamento se você quiser. - Ele me olhou, preocupado.
- Não, não precisa. - Disse. Por mais que eu esteja apreensivo, não quero o deixar ir sozinho. - Eu só acho que eu lhe devo explicações... - Olhei para o lado, buscando as melhores palavras para começar a lhe explicar.
- Karl, não precisa falar nada agora se você não quiser, não se sinta pressionado. Eu só peço que me conte imediatamente se isso comprometer a sua segurança. - Ele sorriu para mim e eu o olhei
Retribuí o sorriso, ele levou a mão até meu rosto e acariciu minha bochecha com o polegar, logo depois, subiu a mão e a passou pelo meu cabelo. Ficamos por um tempo alí no nosso mundinho, era uma estrada deserta e Sapnap não estava se preocupando muito em prestar atenção nela.
- Você é lindo. - Corei. Ele me fez perder o foco por um momento.
- Obrigado... Mas eu realmente queria te falar sobre aquilo agora. - Ele voltou a mão para o volante.
- Tudo bem.
- Bem... Aquela era minha madrasta, Roseanne, e o meu pai, Joseph. Minha mãe verdadeira foi morta pelo meu pai por causa de uma crise de ciúmes. Foi o pior dia da minha vida, ele a matou a sangue frio, a esfaqueou na minha frente quando eu tinha apenas 8 anos... - Respirei fundo, antes de continuar.
Ele manteu os olhos na estrada, já parecia nervoso.
- O que?! Karl, ele literalmente matou sua mãe... Se eu soubesse eu não teria o deixado sair vivo daquele lugar!
- Na verdade... Eu meio que acho que ele só matou minha mãe porque não conseguiu se divorciar dela... Ele já traia ela com a Roseanne. - Abaixei o olhar, estou me segurando para não chorar agora.
Estou indo a uma missão, não posso estragar tudo e dar trabalho para Sapnap como eu sempre faço.
Talvez eu não tenha escolhido uma boa hora para contar isso, mas é como se eu tivesse com um peso a menos nos meus ombros agora.
- Mas você não ligou para a polícia ou algo assim? - Ele me perguntou, acalmando o tom de voz.
- E-ele disse que se eu contasse para alguém, iria fazer pior comigo... As únicas pessoas que sabem são você e George. - Eu disse.
Acho que ele percebeu o que eu estou sentindo. Ele pegou minha mão e fez um leve carinho, e derrepente, me senti seguro e confortável novamente.
- Depois disso, as coisas pioraram. Roseanne pegava no meu pé com tudo. Falava mal das minhas unhas, do meu corte de cabelo, e dizia que minhas roupas não eram adequadas para um garoto, sendo que eu nunca usei roupas taxadas femininas justamente por causa dela! - Subi um pouco o tom de voz.
- Você gostaria de usá-las? - Ele perguntou.
- Não sei... Eu nunca tive liberdade para escolher o que quero sem ser julgado, tudo por culpa dela. Meu pai me tirou a coisa mais importante para mim, por causa dela... Eles destruíram minha vida.
Olhei para Sapnap depois de um tempo com o olhar baixo. Por mais que sua voz parecesse calma, sua expressão facial continua hostil.
- Isso não vai ficar assim, Karl. Eles vão ter o que merecem. - Disse.
Ele parecia aquitetar uma vingança enorme na sua cabeça. Talvez eu concorde em fazer isso, mas ainda tenho um pouco de medo.
Chegamos no lugar. Tinham apenas dois andares, o que eu imediatamente estranhei. A sede da DSMP é enorme e mesmo assim muito bem camuflada, além de que Dylan não parecia um homem modesto.
- É bem menor do que eu esperava. - Eu disse e Sapnap me olhou, enquanto preparávamos nossas armas dentro do carro, um pouco afastados para não sermos percebidos pelos diversos sistemas de segurança.
- Provavelmente eles tenham um bunker ou algo do tipo no subsolo.
- Entendi. - Disse enquanto arrumava as duas armas que ele havia me dado na noite anterior em meu cinto tátil.
- Karl, vamos ser silenciosos e tentar descobrir onde está Christopher primeiro. Quando encontramos ele, eu vou nocauteá-lo. Se tiver mais alguém, preciso que você lide com isso, você não pode exitar em matar alguém hoje, ok?
- Ok. Vamos lá.
Saímos do carro, eu estava nervoso, mas sabia que eu iria superar isso.
Driblar a segurança não foi tão difícil, Sapnap parecia saber exatamente o que fazer sempre, além de que alguns seguranças já estavam mortos, provavelmente Dream realmente tenha mandado Ranboo se posicionar em algum lugar e matá-los.
Entramos no lugar o mais devagar possível, Sapnap e eu estavamos com as armas na mão. Eu segurava as duas pistolas e o seguia silenciosamente.
O prédio em si parecia estar vazio, até que chegamos perto de uma sala e ouvimos vozes. Rapidamente viramos o corredor e abaixamos para ouvir a conversa.
- Talvez você esteja um pouco nervosa demais. - Era a voz horrenda de Chistopher, que riu logo em seguida.
- Cale sua boca. Aquele pirralho mimado desgraçado não perde por esperar. Dream vai deslizar dos dedos dele e vir para os meus como um passe de mágica, custe o que custar. - Ouvi uma voz feminina familiar.
Olhei para Sapnap imediatamente, ele parecia incrédulo, assim como eu.
Não pode ser que seja ela. Eu sabia que ela não era boa coisa.
••••••
Acharam que eu não iria aparecer hoje? Pois é, acharam errado. Nem pensem em se livrar de mim.
Hoje esse wattpad corno bugou todos os meus comentários. Fiquei com medo de não conseguir responder vocês, então esse capítulo iria sair só amanhã.
Mas como eu sou ansiosa, tá saindo hoje mesmo, e eu acho que já está tudo normal.
Não esqueçam da ☆!
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I'm The Mafia •DNF & SIDE KARLNAP•
FanfictionKarl e George estavam andando numa estrada vazia, sem rumo enquanto ouviam músicas e conversavam. Coisas que jovens idiotas fazem. Até que eles ouviram o primeiro disparo. Ou... Depois de se envolverem sem querer em um tiroteio, George e Karl ajud...