Capítulo 37 - Sorte

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"Sou um tipo de pessoa, que se você não tiver paciência, eu também não vou ter."

Júlia.

– O que você decidir, eu estou de acordo, de qualquer jeito, existe uma porcentagem de você não engravidar, não sabemos.– Ele diz.
– Um bebê é sempre uma coisa boa, mas eu não sei se estou pronta para isso, ainda mais agora, nós não concluimos a faculdade e pra concluir, temos a Marina no nosso pé, não sabemos se ela vai nos deixar em paz agora com a medida protetiva.– Afirmo.
– Temos que ter fé que as coisas vão dar certo, amor.– Sussurra.
Acabo pensando no melhor daquele momento, seguro a pílula nas mãos, riscos existem, mas..
Antes que eu coloque a pílula na boca, uma tontura toma conta de mim.
– Rafael.– Chamo, segundos antes de perder a consciência, meu corpo desaba.

"– Não faz isso, não cometa o mesmo erro que eu, você acha que nao não está pronta, mas está! –Laura afirna, olho em volta, tudo estava escuro, só existia eu e ela ali.
– Você me fez perder a consciência? – Como ela tinha tanto poder assim?
– Eu também não sei como fiz isso, me senti desesperada com a sua situação, precisava falar com você, a chance de engravidar é alta mas pode acontecer de você não engravidar, ainda sim, se conseguir, eu sei que está pronta, não cometa o erro que eu cometi, se eu pudesse voltar ao passado, teria tido meu bebê e agora você, sou eu, e se o nosso bebê do passado vir agora, através de nós nessa vida, reencarnar como o nosso filho, como era pra ser antes.– Afirma.
Eu não tinha pensado nisso, se eu e Rafael reencarmos, se a Marina reencarnou, quem.pode garantir que aquele bebê na barriga da Laura também não reencarnaria?
– Eu entendi..– Sussurro, pensativa.
Quando abro os olhos, estou deitada na cama, Rafael me chamava, aflito.
– Você está bem? – Questiona.
– Foi a Laura, ela queria falar comigo.– Confesso.
Me levanto com a ajuda de Rafael e entro no banheiro, jogo a pílula no vaso sanitário e dou descarga, ela me convenceu, devemos isso a vida que não nasceu antes.
– Existe a chance do bebê que não nasceu na nossa vida passada, reencarnar agora, assim como eu e você.– Explico ao Rafael.
– Se nosso filho na nossa vida anterior, for para ser nosso nesta vida, então ele é muito bem vindo.– Rafael diz, vou até ele e o abraço.

Rafael. – 2 meses depois.

Caminho pelo estacionamento da faculdade, hoje foi o dia que e Júlia marcamos para que ela fizesse o teste de gravidez, hoje ela veio comigo para a faculdade mas foi embora antes de mim para passar na farmácia, então eu iria direto para a casa dela.
No momento eu caminhava com o celular em mãos, assim que me aproximo do meu carro eu o destravo para entrar, mas..
– Soube da suspeita de gravidez.– A voz feminina atrás de mim afirma, me viro e vejo Marina.
– Achei que me deixaria em paz, acho que fui inocente demais.– Respondo.
– Só porque sumi por um tempo achou que eu te esqueci? – Indaga.– Eu só estava me preparando, me planejando.– Diz.
– Para o quê? Posso saber? – Questiono.
– Pra repetir o passado, aquele passado em que ela se mata porque você morreu.– Afirma.
– O quê? Vai me matar? – Digo irônico.
– Não, mas ela vai pensar que você está morto e grávida ou não, esse bebê não vai vir ao mundo, como eu disse, o passado vai se repetir.– Ela sorri.– AGORA! – Ela grita, do nada, quatro homens saem de trás dos carros, eles vêm pra cima de mim, tento entrar no meu carro mas sou impedido, eles me seguram enquanto outro prende meu pescoço, o ar começa a me faltar.
– Se eu não posso ter, ela também não vai, eu e Débora conversamos isso.– Diz.
Ela também conseguia falar com sua vida passada.
Eu perco a consciência sem ar..
"– Você tem que acordar, precisa acordar! Não podemos deixar que tudo se repita, se Júlia pensar que você está morto, o que acha que ela vai fazer? O que Laura fez no passado? Elas são a mesma pessoa!" – Luan diz, ambos estávamos na escuridão, inconsciente, eu não conseguia acordar.

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