Capítulo 42 - Delegacia

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"Alguém que não provoca seu sorriso, não merece sua lágrima."

Rafael.

As sirenes da polícia chegam ao galpão, o homem ainda permanecia desacordado no chão quando chegaram.
– Quero que você volte com o Edgar pra casa, vou ter que ir prestar queixa na delegacia e explicar como tudo aconteceu, provavelmente vai demorar algumas horas.– Explico, segurando a mão de Júlia.
– Não quer que eu vou com você? – Indaga, manhosa.
– Queto te poupar o máximo que eu consegui disso tudo, não podemos arriscar.– Sussurro tocando sua barriga.– E depois, quando eu passar na sua casa provavelmente Marina já estará presa, podemos ficar grudadinhos, eu, você e o nosso bebê.– Digo.
– Tudo bem, vou deixar tudo perfeito pra quando você chegar.– Sussurra, em seguida me dá um selinho.
– "Perfeito?" – Indago.
– Você vau descobrir, amor.– Sussurra.
Entro na viatura, sou levado para a delegacia, ao chegar lá começo a dar meu depoimento ao delegado.
– Sabe sobre os outros homens que ajudaram ela? – Questiona.
– Depois que eu me soltei, enfrentei apenas o que estava lá, acho que ela levou os outros com ela e..– Sou interrompido.
– Senhor, perdemos a mulher de vista mas conseguimos prender os comparças..– Um policial afirma abrindo a porta.
– Mas ela fugiu! – O delegado diz nervoso.
Marina solta.
Júlia em casa sozinha.
– Eu tenho que ir.– Afirmo me levantando da cadeira.
– Ainda não acabamos aqui Senhor Rafael.– Ele diz.
– Minha esposa está grávida e sozinha em casa correndo risco de morte porque seus policiais não fizeram o trabalho direito e deixaram aquela doente solta! – Digo sério.
– Cuidado com o desacato.– Me ameaça.
– Não se preocupe, meu advogado já está chegando, volto com ele depois.– Afirmo.

Júlia.

Ouço a campainha.
Rafael terminou mais rápido do que eu achei, sorrio, tinha acabado de sair do banho e estava arrumando a cama então, tudo estava perfeito.
Desço até a sala e desbloqueio o portão pelo controle remote do mesmo.
Assim que ele alcança a porta e entra na sala eu me viro sorridente.
– Esperava outra pessoa? – Ela diz.
– Marina.– Sussurro.– Co-como? – Questino.
– Como me despistei da policia? Entrei meus amigos, tudo para uma última chance de acabar com você, – Afirma tirando uma arma da cintura e apontando pra mim.–Sabe como eu fiquei surpresa ao descobrir que você estava viva e a publicação nos jormais eram falsas? Então vim fazer eu mesma o trabalho, um tiro na barriga pra matar de vez essa criança e depois um na sua testa e não se preocupe, nem que eu queime até a sujeira da sua unha vou me certificar que você não reencarne.– Ela sorri.
– Essa sua raiva é de um passado que não é nosso, tinhamos até outros nomes.– A lembro.
– Mas ela fala comigo, sabe como é não dormir ou coner porque seu espírito da vida passada não te deixa em paz dizendo que quer vingança? A Débora me diz isso todo o tempo e pra ter paz eu concordei em ajudar ela, tanto, que ela está querendo fazer isso pessoalmente, comandar meu corpo, apertar o gatilho.– Ela sorri diabólico, parecia que o mau tinha tomado conta dela.
– Sabe o que vai te acontecer se fizer isso, não vai ter paz.– Sussurro.
– Não custa tentar, acho que vou pagar pra ver.– Ela destrava a arma.
Em segundos a porta da minha casa e arrombada com um chute.
– RAFAEL! – Grito, ele entra as pressas e fica entre mim e Marina.
– Sai da frente.– Ela diz.
– Não.– Ele segura a minha mão.

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