↓Prólogo↓

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Paixão e Deuses. Isso é tudo o que prende a humanidade.

Digo com toda a certeza que muitos de nós estamos acomodados com a ideia de que para termos uma vida perfeita e sem arrependimentos, temos que nos apaixonar e seguir alguma crença.

Eu entendo de muitas coisas sobre a vida, mas estas duas em específico são complicadíssimas para mim.

Não entendo nada sobre paixão ou culto à qualquer ser maior. Sou um dos jovens que os idosos consideram desalmados e sem propósito de vida.

E não é que eu não acredite em um Deus, céu e essas coisas. Só não ligo para isso. Não são dignas da minha constante atenção.
A mesma coisa com a paixão.

Em alguns momentos da minha vida até me sinto um pouco desalmado por não ter interesse nessas coisas, mas logo passa quando vejo a quantidade absurda de pessoas dedicando uma vida inteira à parceiros e crenças tão fúteis quanto as que citei anteriormente.

Particularmente, acho uma besteira. É claro que nunca disse isso para ninguém, pois é apenas um pensamento e opinião que tenho, mas não deixo de ter certeza de que tudo isso é em vão.

Talvez eu seja muito sem graça mesmo.

Aliás, olá. O dono de toda essa narrativa pouco filosófica é Harry Styles, ou seja, eu.

Tenho dezesseis anos e moro em Londres desde que nasci. Sou de aquário, gosto de caminhadas calmas, estudos em geral, outono e homens bonitos. Odeio quartas-feiras, ociosidade, verão e pessoas ignorantes.

Vivo com minha irmã e minha mãe, meus únicos alicerces neste mundo.
Também tenho meus melhores amigos: Niall e Liam. Eles são incríveis, legais, engraçados e ainda me entendem. São meu alívio cômico de todos os dias.

Mas assim como amigos, tenho inimigos. Jimmy, Shinji e Thalia, que sempre arrumam briga comigo por qualquer mínimo motivo.

Apesar de eles terem estragado a minha vida escolar por muitos anos e ainda se empenharem em me irritar todos os dias, gosto de considerá-los simples invejosos que poderiam fazer isso com todo mundo.
Desde que eles não tentem me matar, ameaçar a minha família ou me incriminar por tráfico, não me importo com o que fazem.

Outro fato interessante sobre mim, é que desde o sétimo ano quando dei meu primeiro beijo - e me arrependi no mesmo segundo - sou considerado intocável.

Nunca namorei. Vivo de flertes e sexo oral com pouquíssimas pessoas que acho interessantes e desconhecidas o suficiente para que ninguém do meu círculo social fique sabendo. Ou seja, ninguém da escola nunca me viu dando um beijo em absolutamente ninguém depois do sétimo ano; nunca houveram boatos de namoro; nunca tive o problema rivalidade e briga por alguém; nada, nada, nada.

Também sou neutro em relação as opiniões, crenças e costumes alheios, o que me favorece no sentido de estar sempre ao lado de absolutamente todo mundo, sem criar brigas ou intrigas.

Isso e mais algum esforço mínimo nos estudos, resulta na minha fama de "bom demais para os outros" que os professores e alunos - alunas principalmente - sempre amam. Sou o queridinho deles.

Percebe como meu simples pensamento de não me interessar por religião e paixão me ajuda até nas áreas mais inusitadas?

Tudo funciona bem.

Quero dizer, isso funcionava bem, antes de um certo alguém chegar na escola num certo dia em específico.

Neste certo dia em específico, minha concepção de mundo e valores foi mudada drasticamente.

Eu me apaixonei pelo diabo numa quarta-feira ensolarada de fevereiro. Não recomendo à ninguém.

I Fell In Love With The Devil •L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora