Capítulo Único

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Desde que Argentina finalmente desistiu de resistir aos encantos (que ele nunca admitiria) que Brasil tinha, ele passava metade do tempo muito ocupado sentindo um calor estranho no peito (e muito prazer na cama) para pensar a respeito de qualquer coisa.

Mas a outra metade ele passava se perguntando por quê?

Apenas por que raios ele ficava com alguém tão idiota? Um rostinho bonito e um corpo trabalhado não podiam valer tão a pena assim.

Ele olhou mais uma vez para o Brasil, deitado na cama, sem blusa, com os cabelos bagunçados e aquele olhar intenso dele.

Droga, vale a pena sim, gostoso maldito, Argentina pensou, contorcendo o rosto e revirando os olhos.

— Já vai gozar, loirinho? — Brasil perguntou, mordendo o lábio inferior assistindo o outro sentar nos dedos dele, ele queria assistir ele sentando em outra coisa, bem melhor, mas a visão era boa demais para ele interromper.

— Nos seus sonhos, você não consegue mais me fazer gozar rápido assim.

— Ah fala sério, eu consigo te fazer gozar sem nem precisar meter qualquer coisa em você — Brasil rebateu, mexendo os dedos.

— Duvido — Argentina teve a audácia de falar, mesmo sem ar.

— Meu pau no teu ouvido — Brasil respondeu, gargalhando. Ele estava esperando pela oportunidade para responder isso há tanto tempo.

— Mentira que você falou isso — Argentina disse, desacreditado.

— Ah, falei. — Brasil sorriu maroto.

— É beleza, a gente não transa mais hoje. — Argentina falou, mas, se contradizendo, continuou subindo e descendo lentamente, sentindo os dedos dentro dele, e salivando com a sensação.

— Até parece, eu sei que você quer o pau-Brasil...

— Meu deus, só piora — Argentina choramingou.

— Vem logo, senta no meu picasso e vamos fazer arte...

Era o pior trocadilho que Argentina já tinha ouvido na vida, mas ele focou em uma coisa diferente:

— Oh... você não disse que ia me fazer gozar sem meter em mim? Agora eu quero ver, ou você só estava pagando de bonzão?

Argentina gostava de provocar, ele não duvidava do Brasil, ele sabia muito bem que ele conseguia, mas era bom testar os limites. Brasil era competitivo com ele mesmo, e não se continha em tentar se superar toda vez.

— Você sabe que eu consigo, amor — Brasil falou, tirando os dedos. Argentina tremeu, seja pelo apelido que o moreno raramente usa, ou pela repentina falta de estímulo.

— Então, prove.

Brasil girou, deitando o namorado na cama, Argentina não era necessariamente leve, mas era fácil de manipular, e Brasil adorava isso.

O loiro já estava sem roupa, e a visão dele deitado à mercê sempre seria uma das preferidas do Brasil. O moreno ainda vestia shorts, e apesar de ser incômodo, ele até preferia os manter agora, assim pelo menos ele não ia esquecer de sua missão de fazer o outro gozar sem penetração.

Argentina conseguia ser envolvente... e era fácil para o Brasil não pensar e esquecer dos seus objetivos quando ele começava a agir manhoso na cama.

Ele empurrou as pernas do outro contra o peito pálido, por trás dos joelhos.

— Já que você quer brincar de Pillow Princess, pelo menos segura as pernas assim — Brasil falou, sorrindo, e Argentina bufou, mas obedeceu.

Duvido (BraArg)Onde histórias criam vida. Descubra agora