𝐒𝐊𝐘. lee minho

33.

   AS COISAS NÃO ESTAVAM TÃO BOAS. Mônica sabia.

O grupo estava completamente tenso antes da nova descoberta e a nova pista que eles tinham. A senhora do retrato havia aparecido e parece que seu valor no jogo estava aumentando.

— Mônica, preciso que você venha aqui. - Soyeon a chamou e ela apenas assentiu. Ela levantou ligeiramente o vestido e saiu de casa com a graça que a caracterizava, mas não sem antes pegar o capuz preto e colocá-lo.

Ela cumprimentou gentilmente todas as pessoas que cruzaram seu caminho no bairro com um aceno de cabeça enquanto seu parceiro saiu sem dizer uma palavra. Ela não sabia o que tinha acontecido, mas parecia ser muito sério.

Ele entrou no bar passando pelos bêbados que ali se reuniam e com permissão passou pelo bar ao lado de Soyeon, que descuidadamente e sem um pingo de sutileza abriu a porta atrás, revelando grande parte do grupo sentado.

No entanto, um novo rosto chamou sua atenção. Um homem da idade dela, ela ousaria dizer, estava olhando para ela, seus olhos se estreitando.

— É ela? - perguntou ao capitão. Sem deixar as boas maneiras de lado, ele se curvou para os dois.

— O que você acha, Seungmin? - O capitão falou com o homem e Mônica desviou os olhos para ele. Peter e Sam estavam de lado, completamente silenciosos.

— É parecido, porém não é igual. - ela terminou de dar sua opinião, suspirando cansada.

— Eu te disse. - Peter falou: — Eu mesmo vi o retrato, não teria sido tão descuidado.

— Você pode dizer do que diabos eles estão falando? - Soyeon, cansada de ser uma espectadora, entrou na conversa, frustrada por não entender. Mônica agradeceu, ela não teria como perguntar mesmo sob o olhar de todos na sala.

— Sobre a mulher no retrato. - Peter meio explicou. Soyeon assentiu, exigindo mais de sua resposta. Peter suspirou e apontou para Seungmin. — Wedking a conhece, parece que ela é a esposa do cavaleiro, não do príncipe.

— E que diabos estamos fazendo aqui sentados? - exclamou a velha, quase extasiada. — Temos uma oportunidade de virar o jogo!

— Ele desapareceu. - Pela primeira vez, o moreno desconhecido falou, ainda sem tirar os olhos de Mônica. Seria muito arriscado levantar um dedo agora.

Seu capitão, que estava olhando para um ponto fixo, grunhiu, arruinando seu penteado elegante enquanto bagunçava seu cabelo com frustração.

— Maldição. - Ela o ouviu murmurar.

Ela procurou os olhos de Han, esperando por uma indicação ou algo assim, ele não sabia o que fazer e não é como se eles tivessem contado muito a ele também.

Peter enrolou uma caixa de cerveja e colocou ao lado dele. Ela deu um tapinha na superfície e Monica sabia que ela tinha permissão para sentar ao lado dela.

Não o fez de forma curta ou preguiçosa, observando ainda com preocupação o semblante aflito do adversário.

— O desaparecimento dele é tão sério? - Ela perguntou em um sussurro, inclinando-se perto de seu ouvido.

— Muito. - Ele falou da mesma forma, virando o rosto e prendendo-o ao lado do dele. — Parece que o capitão também a conhecia e sua semelhança é tão grande que pensaram que ela era uma traidora.

Recentemente, durante o show na praça com Sam, ela também tinha visto uma mulher parecida com ela, chegou a pensar que a insolação e o calor a haviam afetado e ela estava começando a ter alucinações.

Procurou o olhar de Sam e o viu bocejando, ao contrário dos demais parecia mais relaxado.

— O que, princesa? - ele perguntou, piscando lentamente e com um olhar entediado.