capítulo 10

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Pov. Kauana

Depois de Dani ter saído da sala dela, eu almocei e o motorista dela me deixou em meu apartamento. Acabei pegando no sono pelo efeito da bebida e só acordei no final da tarde com Carol me chamando. Levantei da cama e abri a porta para ela.

Carol - Não deveria estar no trabalho? - cruzou os braços e eu suspirei.

Kau - Me liberaram mais cedo.

Carol - Por quê?

Kau - Por que você se interessa tanto em saber de assuntos que pertencem a mim? - passei por ela e fui até a sala.

Carol - Sei que foi sua chefe que te liberou mais cedo, eu não sou burra.

Kau - Sim, foi ela. - murmurei e me virei para ela que estava visivelmente irritada.

Carol - Eu não sei o que aconteceu com você depois que nos mudamos para Los Angeles, Kau. Você sempre se esforçou e batalhou muito para conseguir ter o que quer e agora decidiu ir pelo caminho mais fácil sendo ele transar com sua chefe para conseguir as coisas.

Kau - Vai se ferrar Carol, na moral. - peguei minha jaqueta e saí dali.

Decidi ir para a casa dos meus pais porque fazia um tempo que eu não conseguia aproveitar a companhia deles. Mandei uma mensagem para Dani e ela apenas visualizou. Ela ainda estava chateada pelo que eu disse.

Lia - Filha, que surpresa! - minha mãe disse me abraçando e eu sorri para ela.

Kau - Saí mais cedo do trabalho pra ficar um pouco com vocês. - menti.

Lia - Sua avó está descansando no quarto e seu pai está lá na sala. Ele está estressado, espero que melhore com a sua visita.

Kau - Tudo bem. Vou lá falar com ele.

Saí da cozinha e fui até a sala onde meu pai estava. Me sentei no sofá próximo a poltrona que ele estava sentado e ele nem se quer me olhou.

Kau - Pai? - o chamei e ele coçou a barba que estava para fazer.

Isaías - Olha só quem apareceu. - disse de forma teatral e eu ri.

Kau - Você estava dormindo todas as vezes que vim ver como você estava, pai. Até comprei seus remédios.

Isaías - É, sua mãe me falou. - apenas assenti e desviei meu olhar para o chão.

Meu pai não costumava ser frio daquele jeito, era estranho. Na verdade, ele costumava ser bem caloroso na maioria das vezes.

Kau - Quer que eu ajude o senhor a fazer a barba? - perguntei olhando para tipoia em seu braço e ele negou.

Isaías - Estou bem assim.

Kau - Algum problema comigo ou está estressado por causa do seu braço? - perguntei chateada e ele finalmente me olhou.

Isaías - Quem era aquela mulher que foi me buscar com você, Kauana? Não minta pra mim, eu lembro muito bem de você falando que estavam saindo.

Kau - Você acabou de dizer, é a mulher que estou saindo. - dei de ombros.

Isaías - E você diz isso assim? Nem que eu trabalhasse a vida toda iria conseguir comprar um carro daqueles. Tenho até receio de perguntar a idade dela.

Kau - 25 anos. Não estamos apenas saindo, estou apaixonada e e
é recíproco.

Isaías - Como o Artur fica nessa história toda? Imagina se ele fica sabendo que foi substituído em questão de dias ou semanas.

Kau - Não me venha falar de responsabilidade afetiva, por favor. Ele terminou comigo, me bloqueou e sumiu do mapa sem me dar a chance de lutar por nós ou pelo menos me despedir. Eu não seria idiota de ficar chorando por alguém que não está nem aí pra mim. - respondi irritada.

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