Pilar de Outono

Prólogo

 Sistema Atlas, planeta Atlas 1B

 Em uma cápsula de fuga, enterrada na areia de um planeta deserto, se ouve o incessante alarme e a voz de uma inteligência artificial que diz, "Nível de oxigênio baixo, necessária intervenção" repetidas vezes, até que alguém acorda se sentindo sufocado. Ele pega o capacete que está a sua direita, o coloca e sente o ar entrando em seus pulmões como se fosse a primeira vez.

Ele olha em volta e percebe que sua cápsula está coberta de areia e pergunta:

- Ada, onde estou? -pergunta Marcus, desorientado e ofegante. Ada é uma inteligência artificial que no começo foi desenvolvida apenas para exploradores espaciais, porém, com o tempo ela foi se tornando pública.

- Sistema Atlas, planeta Atlas 1B! 

Ele olha em volta, procurando sua mochila, ele a encontra do lado direito. 

Em baixo, ao lado de seus pés, há uma alavanca de segurança que ejeta a porta da cápsula, ele segura sua mochila e pisa com todas as forças na alavanca. A porta se ejeta e no mesmo instante, uma cobertura de areia o termina de enterrar. Aos poucos ele vai cavando com a mão, como se estivesse nadando para cima a fim de fugir da areia, o trajeto espacial eo capacete vieram bem a calhar neste momento.

Chegando à superfície, ele olha em volta "Bom, vou ter que usar o sina...." quando é interrompido por um aviso da Ada.

-Aviso, tempestade de areia se aproxima".

-Quanto tempo?, pergunta Marcus um pouco preocupado. Apesar de estar muito bem equipado, ter areia em seus equipamentos poderia significar muita dor de cabeça.

-30 minutos!, responde Ada.

Marcus assenti, da uns passos longos da duna que se formara por causa do seu quase enterro com a cápsula. Ele abre a mochila e pega um pequeno sinalizador e configura para achar naves e bases próximas, as informações são captadas por um pequeno computador que envolve seu braço, um dos luxos de ter um trajeto espacial avançado. A nave de Marcus, agora parcialmente destruída, está localizada a 1km de sua posição, e também fora encontrada uma base a 5km. Como a tempestade de areia esta próxima, ele decide ir até sua nave por estar mais perto. 

Ao longo do caminho ele sente sua cabeça quase explodindo de vivências, até que vem a sua memória, lembranças de antes da queda. Uma nave imperial o estava seguindo, atirando com tudo o que tinha direito, a nave de Marcus perdeu o motor esquerdo e as duas metralhadoras, até que ele decide se ejetar, porém com o azar do momento, alguns destroços de sua nave rasgou o paraquedas alguns metros do chão, com a forte queda, ele desmaiou. Alguns segundos depois se iniciaria uma forte tempestade de areia.

-Nave a 5 metros, diz Ada, porém Marcus olha em volta e vê só uma parte da asa esquerda pra fora, ele já tinha gasto 18 minutos para chegar até ali, só teria mais 12 minutos até aa chegada da tempestade, a base mais próxima se encontra a 4Km a Oeste dali. Em sua condição atual, ele carrega 40 minutos. Ele decide usar a asa da nave como abrigo temporário.

-Ada, quando o tempo da tempestade essa demora a passar? - 2horas!, responde Ada

Ele abre sua mochila e pega uma pequena barraca, a monta atrás da asa, contra a tempestade, e então entra e deita, no chão de areia mesmo.

Ada, repassar os últimos eventos, diz Marcus. Ela então começa a descrever todos os acontecimentos que o levaram até aquele planeta. Ele foi convidado pelo primeiro ministro a investigar uma nave fantasma, o que é uma surpresa. Marcus não era de certo uma pessoa que um ministro chamaria pra fazer uma investigação, ele foi formado pela AME (Academia Militar de Exploradores) com o objetivo de mapear sistemas e planetas e vender essas informações, contudo, ele foi desenvolvendo algumas habilidades e ficou conhecido como Fantasma, agora além de mapear sistemas, ele também fazia alguns serviços de contrabando, de armas, peças e as vezes até alguns motores. Uma das mais novas habilidades que desenvolvera foi de investigar, graças a alguns casos que ele entrou e ajudou a encontrar informações, seja em local de difícil acesso,