Capítulo Único

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Lilian está nos braços de Jean. As duas estão ofegantes, tocando-se, sentindo-se. São um ser só.

Lilian treme de tanto prazer, com os dedos de sua amada dentro de si se mexendo sem parar. Ela ama o jeito em que Jean te toca, como seu toque a faz imaginar e sentir coisas que nunca passaram pela sua cabeça anteriormente. Seus gemidos atravessam as paredes do quarto, ecoando nos ouvidos de Jean.

Ah, Jean. Está sentindo tanta tesão e amor ao mesmo tempo que acha que vai explodir a qualquer momento. Ela beija Lilian algumas vezes, movendo sua mão livre pelo corpo da mesma, tocando todos os seus lugares favoritos. Ela tocou Lilian por inteira, não ouve nenhum excluso.

Seus gemidos se tornam cada vez mais altos, quando um espasmo seu corpo fez e as duas pararem por um momento para recuperarem seus fôlegos. Jean sorria de orelha a orelha quando retirou seus dedos de dentro da vagina de Lilian, lambendo-os lentamente e apreciando o sabor. Lilian estremeceu apenas com aquele gesto, pois sabia que teria muito mais. 

Elas se revezavam, usando os dedos, a boca e até mesmo alguns brinquedos. Não importava como, mas elas faziam amor uma com a outra como se fosse a última vez que se tocariam. Entre beijos e amassos, pequenas frases de amor eram ditas uma a outra. Sempre diziam que se amavam e que nunca iriam se separar. 

E assim se seguiu por horas, as duas se revezando a cada vez.

Depois de muito transarem, as duas estavam deitadas uma do lado da outra. Ofegantes, cansadas, mas acima de tudo: felizes. Sempre ficavam felizes. E não apenas por conta do sexo, mas por estarem fazendo AMOR com quem AMAM. Elas realmente se amavam. Elas poderiam ser novas demais para saberem como amar, mas se amavam intensamente e profundamente como nada igual. 

Jean acariciava a cabeça de Lilian, que estava apoiada em seu peito e dizia coisas bobas, fazendo as duas rirem como crianças.

Estavam apaixonadas, e estavam dispostas a lutarem por aquele amor. As vezes as duas acabavam por ficarem afastadas, mas sempre conseguiam manter algum contato ou resolver o problema se este for o caso do afastamento.

Se uma delas não estava bem, a outra costumava cozinhar sua refeição favorita e ficava perto de sua amada. Havia vezes em que apenas ESTAR perto já as ajudavam, pois estariam de fato ali. A presença, na maior parte do tempo, é o melhor remédio para o coração.

Elas simplesmente se amavam. 

É claro que haviam as brigas, mas elas procuravam resolvê-las da forma mais franca possível, já que não queriam perder seu relacionamento por algo bobo.

Elas simplesmente se amavam.

Existia sim, a diferença de opiniões e modos de se ver a vida. Mas uma conversa em uma cafeteria sempre resolvia tudo. 

Elas simplesmente se amavam.

ELAS. SIMPLESMENTE. SE. AMAVAM.

Elas sabiam dar atenção e carinho quando se era necessário, e em nenhuma única vez tiveram que pedir o mínimo. 

Elas passaram por diversos relacionamentos tóxicos. Por exemplo, no último namoro de Jean, seu namorado não sabia fazer nada além de jogar com seus amigos 24 horas por dia, e chegava a bater em Jean se ela pedisse um pouco de atenção ou negava seu corpo a ele. Lilian esteve com garotas que apenas queriam sentir o calor do momento, e sentir seu corpo. 

Bêbados, assediadores, agressores... Elas já sabiam como uma pessoa NÃO deveria ser em um relacionamento. E usavam seu passado ruim como algo que elas não deveriam repetir. NUNCA.

Se dependesse delas, seu amor duraria para todo o eterno "sempre". Elas não eram perfeitas, mas assim como qualquer ser humano com o mínimo de bom senso, elas aprenderam com seus erros e não o fariam novamente. Enfim, elas se amam da forma mais imperfeita da perfeição.

Se o mínimo não existe, o amor também não.

Não existe casal perfeito, relacionamento sem discussões. Simplesmente existe a vontade de lutar por alguém e o ato de conversar. Nada mais que isso. E todos deveriam entendem isso, assim como Jean e Lilian entenderam apenas depois de muito se machucarem.

Modo certo de AMAROnde histórias criam vida. Descubra agora