Cap. 64 - autora

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O almoço foi descontraído e ao mesmo tempo com um pouquinho de preocupação da parte de todos.

- ficaremos com você, Sophia, pelos dias que precisar – Sabrina fala á mesa no almoço.

- não ficará só, eu prometo - Alina também olha para Sophia passando segurança.

- não queremos ser invasivas e chatas. A intenção aqui não é essa mas sim passar um pouco de conforto para você e esse bebezinho - Sabrina coloca as mãos na mesa para apoiar o prato que acaba de encher novamente.

Sophia nota que ela já se serviu mais de uma vez. Não sabe se pensa ser pela anciedade de tudo que acontece, ou pela comida da Zana que está deliciosa como sempre.

- não vou sair do seu lado, enquanto não ver o rostinho desse bebê – Alina sorri e olha para a barriga de Sophia ao dizer isso e em seguida continua comendo e bebendo seu suco – mal posso esperar para isso.

- obrigado, Sophia, por não desistir do nosso pai – o clima amoroso toma conta do ambiente.

- essa parte eu confesso que você foi incrível - Sabrina comenta, não por não esperar isso de Sophia, mas sim por não conhecê-la suficiente para saber como ela procederia.

- você é tão nova. As vezes parece não ter experiência alguma, e em outras é a experiência em pessoa - Alina fala já terminando de comer.

As filhas de Iago recebem um olhar maternal de Sophia.

Mesmo sendo mais nova que elas, Sophia sabia que teria um papel importante na vida das filhas de Iago, mas não imaginava que poderia as amar como filhas.

Sophia acreditava que esse amor estava sendo construído a partir do momento que foi bem recebida por elas.

E do outro lado o amor de ambas as filhas estava sendo construído com a convivência e a forma com que Sophia tratava Iago, que era um elo em comum que as unia.

- nem pense em me dispensar – Heitor diz com a voz potente sem erros na dicção, assim que percebe a babação, cortando um pouco o clima, ele beberica a taça com seu vinho dentro.

- sei que não é a nossa companhia que você quer nesse momento, mas meu Lírio, aceite-nos de bom agrado e nos deixe participar desse momento com você?

- vocês acham mesmo que eu vou dispensá-los? – sua voz é doce a amorosa – nem se eu quisesse poderia fazer isso. Eu preciso de vocês. De todos vocês.

As mãos de Bonsall tocam o rosto de Sophia que inclina a cabeça dando mais liberdade ao seu pai para esse carinho.

Sophia não para de mastigar, desde que se serviu, mas por um momento ela para de comer e os olha á mesa sentados em fartura e todos em clima de família unida e inabalável.

Desejou que Iago estive com eles e talvez pudesse parar o tempo por um instante para prolongar esse momento.

- por favor, parem com essas caras de pena. De onde vocês tiraram a idéia que eu não os quero ao meu lado? Vocês querem me fazer chorar de emoção. No estado em que estou não vai ser difícil.

Um alivio paira á mesa, e todos respiram mais tranquilos.

- não posso fazer isso sozinha – Sophia fala confessa calmamente, dando a todos uma esperança e brinca com os homens á mesa – vou lembrar de pedir ajuda a vocês dois quando tiver uma fralda suja de cocô para trocar. Ou quando tiver que trocar a sua roupinha golfada.

- eca, isso não – Heitor faz cara de nojo.

- me mande lutar em uma guerra e sem armas para me defender, mas não me faça trocar uma fralda – Bonsall conclui.

Um Homem as Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora