As duas estavam no camarim do teatro para uma premiação. Por pura coincidência ou incômodo tiveram que dividir o mesmo camarim. Bonnie vestia um roupão cor-de-rosa com plumas. Marceline do outro lado estava com uma roupa comum, camiseta e calça jeans.
Em meio a discussões do passado, e sobre o relacionamento "falso", Bonnibel jogou um copo de whisky na direção de Marceline que desviou enquanto fumava um cigarro.
–Você errou, como sempre. - no canto do seu lábio um sorrisinho surgiu.
–Vai se fuder. - falou jogando um segundo copo fazendo alguns cacos acertarem o rosto da mulher a sua frente, sem causar ferimentos.
Marceline franziu o cenho, olhou Bonnibel com ódio, respirou fundo, por pura impulsividade deu um soco no espelho fazendo-o trincar.
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No tapete vermelho, sob a luz de flashes famintos, se entre olhavam, sorriam de mãos dadas. Poderiam jurar que elas eram o casal mais perfeito da mídia de tanta tensão sexual que exalavam.
Bonnie estava com um vestido rosa-pink com cristais bordados no decote, o cabelo loiro meio rosado longo caia como uma cascata. Marceline estava com uma camisa social branca aberta dando visão para um laço de cetim preto no pescoço, jaqueta de couro que tinha a forma de um blazer junto a calça de alfaiataria e óculos pretos sob o rosto.
Passou a mão sob o ombro de Bonnibel e sorria pras câmeras. A mulher olhou sorrindo mas Marceline sabia o que aquele olhar queria dizer.
*flashback*
[...]
Marceline e Bonnie eram vizinhas, se conheceram nas aulas de teatro.
Não eram próximas de maneira alguma, se conheciam por um "oi" "tchau" "boa semana" "até breve".
Em algumas ocasiões se encontravam, quando Bonnie fez seu primeiro filme, Marceline estava lá.
Anos de distanciamento, até disputarem o mesmo papel que poderia mudar a vida das duas.
Ao contracenarem juntas em um musical Marceline viu um novo potencial em si. Os diretores podiam ver a química que elas tinham juntas. Seus agentes após o projeto tiveram a grande ideia de propor um namoro falso pra alavancar a carreira das duas.
Só não esperam sair faíscas de tamanho catastróficos desse relacionamento. A relação que tinham era amor e ódio.
Até uma noite mudar tudo.
[...]
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No interior do teatro, cadeiras ocupadas por famosos, músicos, artistas e críticos do mundo inteiro estavam lá. Muitas pessoas importantes a serem prestigiadas.
No camarim Bonnibel bebia sua quinta taça de martini. A bebida quente queimava seus lábios e sua garganta, a coragem que a bebida lhe dava era melhor que a sensação de estar sóbria.
Saiu do camarim, passando por um corredor, Marceline estava a esperando para umas fotos que estavam marcadas.
Bonnie ajeitou a calda do vestido, jogou o cabelo atrás das orelhas deixando o comprimento mostrar seu ombro. Marceline a segurava com a mão esquerda em sua cintura e a direita com a mão no bolso da calça. Expressões neutras. Até um fotógrafo falar "beija!!"
Marceline e Bonnie se entre olharam. Bonnibel pousou o braço direito sob o pescoço de Marceline que logo inclinou-se junto com ela pra trás, os olharem se cruzaram e sentiram a faísca.
–Eu sei e todo mundo sabe, você não bebeu tanto assim, melhore. - Marceline sussurou em seu ouvido, viu a expressão do sorriso de Bonnibel sumir.
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Marceline estava no meio do palco com um microfone em mãos, um holofote surgiu.
Começou a cantar sua nova música. Topo das paradas, e trilha sonora do filme recém lançando ao lado de Bonnibel.
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Ao final da premiação, haveria uma pós festa. Estava todos os artistas entrando em suas limousines, e em seus carros com motoristas particulares, indo a mansão mais próxima ao letreiro de Hollywood.
Marceline chegou na frente, sem Bonnibel, o que causou um estranhamento nas pessoas. Apesar da indústria do cinema e música terem segredos e compartilharem, o segredo de Bonnibel e Marceline ficava entre as duas, e de vez em quando com seus agentes.
Bonnibel chegou algum tempo depois, com outra roupa. Estava agora com um sutiã de renda que cobria apenas a aréola de seus seios, uma calcinha fio dental da Victoria secrets, e por cima um vestido branco rendado da miu miu. Foi vestida por um dos melhores stylists de LA.
Ao adentrar a sala, viu Marceline sentada com as pernas abertas e os cotovelos pousados sob os joelhos, não tirava os olhos de Bonnibel.
Antes que pudesse ir em sua direção, pegou a cédula enrolada, inalando o pó branco.
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Bateu as costas de Bonnibel contra a porta. Adentrou a suite fechando a porta com força.
As pernas de Bonnie enrolada sob a cintura de Marceline, estava ofegante sob os lábios de Marceline, sentia sua fome.
Suas costas bateram suavemente na parede enquanto era erguida e colocada sob a mesa em frente ao espelho da cama.
–Não é porque eu te odeio, que não posso mais beijar sua boca. - Bonnie sussurou fazendo Marceline sorrir com maldade.
–Você vai vir? Você sabe.. se vier a gente fica e se fica a gente briga. – Marceline perguntou.
–Relaxa, eu juro que vou só te dominar. - Bonnie a olhou de cima.
–Vai me beijar ou vai me matar? - Marceline riu, tirando Bonnibel de cima da mesa. Se sentou sob a cama.
–Antes de tudo. Eu tenho um plano. -
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3 semanas depois, os jornais de todo o mundo estavam estampados com o rosto de Bonnibel na capa.
"De volta aos holofotes" "A derrota da maior artista do país"
Na noite, da grande premiação do oscar, Marceline e Bonnibel estavam sob o palco, os holofotes e olhares pra cima das duas.
Ao fundo no telão, fotos de Marceline com outras mulheres, conversas, passavam.
Bonnibel a olhou surpresa, sobrancelhas arregaladas, olhares sem brilho. Ao olha pra plateia algumas pessoas rindo, e outras chocadas com o que estavam vendo.
Em um ato de impulsividade a mulher correu pra cochia deixando Marceline sob o holofote e olhares pra cima de si.
Bonnibel voltou com uma arma na mão, atirando precisamente três tiros no peito de Marceline esguichando sangue pra todos os lados, deixando os convidados histéricos. O corpo de Marceline caiu sob o palco de uma das maiores premiações do mundo, a poça de sangue se formava sob o cadáver.
Bonnibel se aproximou olhando com desdém, lábios pra baixo, cara de nono e decepção.
Em segundos estava algemada sendo enfiada em uma viatura policial e sumindo.
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3.
anos. depois.
O cabelo loiro rosado já não existia. Agora existia um vermelho sangue como o de Marceline no palco.
Um lenço sob o cabelo com o nó no pescoço, óculos de sol pretos pra barrar os raios da grande estrela no céu.
Dirigia um conversível azul, teto aberto, contornando as curvas de miami.
Um toque no celular, sem nome, desconhecido.
–Oi. -
–Não sabe o que você vai viver quando eu chegar ai. - respondeu sorrindo.
–Tô te esperando. -
–Volta pra mim. -
Desligou o celular como último contato.
O que o dinheiro não compra? Sua liberdade?
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7 meses depois da morte de uma grande estrela, sua assassina havia sido dada como morta.
Finalmente Hollywood podia descansar em paz.
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Pilantra - Bubbline
Fanfiction"Não é porque eu te odeio Que eu não posso mais beijar tua boca" "Se olhar, a gente fica Se ficar, a gente briga" "Em volta do teu pescoço Eu mantenho o nosso jogo Decidindo se eu te beijo ou se eu vou te matar" Uma One-Shot Bubbline. Inspirada: Pi...
