Essa história e uma forma minha de 'materializar' um sonho, de uma forma que seja clara e direta.
Já aviso que essa é apenas uma história experimental, então algumas pessoas podem não gostar dos temas que irei abordar aqui.
Bem... espero que você te...
Olhando em volta, percebo que estou em um lugar estranhamente desconfortável.
Do céu azul, limpo de nuvens, emergem inúmeras portas, cada uma com olhos negros estampados em si.
"***! Venha***!"
Sussurram as portas, cada vez mais alto.
Sem perder tempo, caminho cautelosamente até a primeira em minha frente, abrindo a porta e entrando.
Entrando, sou recebida por uma cozinheira com lindas flores crescendo no chão.
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No canto, percebo uma mulher antropormofica, com Apenas uma cabeça e mão flutuantes.
"Que bom que você está aqui, sente-se que eu já estou preparando o café da manhã."
Nessa hora,uma mesa e duas cadeiras aparecem do chão, e imediatamente me sento.
Ela me entrega um prato, contendo ovos fritos e alguns biscoitos assados.
Pego uma colher ao meu lado, e com um sorriso no rosto, coloco na boca, saboreando minha comida.
Vejo que ela ainda está preparando os ovos, mas decido não me preocupar.
Quando ela estava quebrando outro ovo, um feto de pássaro saiu dele, manchando todos os outros na frigideira de sangue e viceras do que antes se tornaria uma bela ave.
Na cozinha só se ouvia os gritos do animal e estalo do oleo quente, até que tudo fica em silêncio novamente.
"Ops! Parece que esse foi tarde demais, hehe." Ri a galinha, colocando o os ovos e a carne queimada no meu prato, logo indo preparar mais ovos.
"POR QUE VOCÊ MATOU ELES?!" Grito horrorizada com a cena a minha frente, empurrando o prato.
A galinha sem corpo, apenas olha para mim enquanto meche na frigideira e diz:
"Eles? Oh, esses não, os que você comeu são outros eles." Responde calmamente e continua seu trabalho.
Confusa com sua resposta anterior, pego o prato a minha frente e termino minha refeição, colocando o prato na pia e indo em bora.
Quebra de tempo.
Seguindo o caminho de flores, chego a outra porta.
Essa, por vez, estava completamente desgastada, o carvalho apodrecido rangendo quando eu a abro.
Agora, sou recebida por um quarto infantil, com a aura mais assustadora que eu já senti.
Tudo nele era rosa, exceto a vista da janela, que era totalmente escura.
Duas crianças estavam brincavam com saia bonecas na cama no canto do quarto.
Escuras como sombras, com seus vestidos rosa com inúmeros babados para eu distinguir uma da outra.
Quando notam minha presença, elas acenam para mim, e perguntam:
"Você quer brincar com a gente?"
"Hmmm, bem, eu não sei. Eu quero?" Respondo, sem saber se deveria ou não.
"Você não sabe?bem, quando souber volte aqui, mas dessa vez traga um bolo!"
Diz a garota com babados escuros,e a com babados claros acena com a cabeça, apontando para uma porta ao lado da janela.
Decidindo fazer o que a mesma pediu, saio novamente, não antes de acenar pra elas.
Por mais que pela vista da janela só se veja o escuro, lá fora estava incrivelmente claro.
O céu era rosa bebê, no mesmo tom do cenário anterior, mas dessa vez menos aterrorizante.
Era como um campo aberto, com alguns arbustos e um escorregador não muito longe.
Chegando perto dos arbustos, vejo pequenos morangos escondidos nas folhagens.
Puxando uma frutinha, vejo que ela tinha um pequeno olho no centro, e parecia estar viva!
"Hehe, você é tão bonitinha, nunca vi um morango com olhos antes!" Exclamo alegremente, enquanto vejo giro a fruta por meus dedos
"Ei solte-me agora! Como você me tira de perto de minha irmãs assim do nada?!"
Grita o morango em minha mão, me assustando.
"Oh! Me desculpa, eu não sabia que isso te machucava, o que devo fazer agora?!"
"Ora, sua burra, me plante!"
Fazendo o que ela mandou, cavei um buraco no chão, e plantei a mesma.
Após alguns segundos, ela sai novamente, porém dessa vez com um corpo humano e cabeça de morango, com um olho enorme no meio.
"Hm, bem melhor. Agora vamos brincar!" Diz a garotinha em minha frente, me puxando pelo antebraço.
Corremos até outro campo grande, dessa vez com a grama batendo em nossa cintura.
Caminhamos até um banco branco lá perto, para descansarmos devido a corrida.
De lá, era possível ver um rio ao redor das pequenas montanhas, com algumas portas refletindo o céu.
Olho para o lado e vejo que minha amiga não está mais aqui, então me levanto e atravesso o rio, indo em direção aos espelhos.
