Thunderous

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Ouçam a música da mídia para ler!

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O sol brilhava alto no céu azul e límpido, presenciando uma cena corriqueira na praça principal daquela cidade litorânea.

Os habitantes juntaram-se todos ao redor da estrutura de madeira posta no centro do local, vibrando animados enquanto os guardas arrastavam o pirata condenado até seu julgamento final.

— Silêncio! – O enviado da Corte Real para leitura do julgamento pediu, fazendo todas as pessoas se calarem e prestarem atenção em si. – Na presença de todos que aqui se encontram, anuncio que Lee Minho foi julgado e condenado por crimes cometidos contra a Coroa...

— É Capitão Lee Minho – disse o pirata de cabelo roxo, erguendo seu rosto e encarando os presentes com um sorriso ladino.

— Tais crimes de natureza sinistra – continuou o homem –, sendo os mais notórios que citamos no momento: pirataria, contrabando, falsificação de carta de corso, retaliação de membros da Marinha Real…

— A culpa é deles que se meteram no meu caminho – riu sarcasticamente, olhando para o carrasco a sua esquerda, o qual encarou-lhe com irritação.

— Incêndio, pilhagem, sequestro, banditismo, furto e descumprimento da lei em geral – falou, olhando de relance para o pirata que bocejou, não importando-se com seu discurso. –  Por estes crimes, Lee Minho está condenado à forca. Que Deus tenha piedade de sua alma.

O carrasco se aproximou do criminoso, segurando a corda amarrada em forma de laço acima de sua cabeça para colocar ao redor do pescoço do homem que ali seria morto.

Minho olhou para o céu. O sol havia sido coberto por nuvens escuras e pesadas que pareciam querer esconder do astro brilhante os atos terríveis que a humanidade praticava.

O vento soprou os fios coloridos de seu rosto, formando uma melodia fúnebre juntamente com os tambores tocados pelas pessoas que serviam à Coroa. O carrasco segurou na alavanca que abria o alçapão abaixo de seus pés e, antes que pudesse puxar, uma voz doce soou ao longe, atraindo a atenção de todos.

The King and his men stole the Queen from her bed and bound her in her bones… – A voz cantou, fazendo o som melódico se propagar pelo ambiente e as pessoas procurarem por seu dono.

— Quem está cantando esta música amaldiçoada!? – Bradou o Comodoro da Marinha Real, que antes assistia entusiasmado a cena em sua frente.

Uma risada suave foi ouvida, seguida de mais alguns versos cantados:

The seas be ours and by the powers where we will, we'll roam…

O estrondo de um trovão fez todos se assustarem e um sorriso enorme se abrir na face do Lee.

— P-pare com isso e mostre-se! – O Comodoro novamente gritou, sua voz tremendo um pouco.

— Tens razão em temer esta canção, Comodoro, ela realmente atrai os mais temíveis piratas – disse um homem que se encontrava encostado relaxadamente em uma pilastra, vestido inteiramente de preto.

Todos naquela praça o encararam no exato momento em que um raio cortou os céus, iluminando, sob o chapéu, a face do temido pirata Han Jisung, Capitão do navio “O Estrondoso”.

— Ah… Esse é o meu homem! – Minho disse para o carrasco ao seu lado, movimentando as mãos amarradas na direção do Han antes de suspirar. – Lindo, não é?

Yo ho, all hands, hoist the colours high… – Jisung cantou enquanto andava entre as pessoas que lhe abriam caminho assustadas, rumando até a forca. – Então, Comodoro, se soltar Minho vamos embora e ninguém se machuca. Que tal? – Perguntou, sorrindo ladino.

Hoist the Coulors | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora