ESCOLA BDSM - ERA MAIS QUE UM JOGO

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Se esconder e fugir não era minha ideia de interação entre a turma. E pior, eu era um rato. Quem teria inventado esse jogo? Por três horas eu não poderia ser pego. Se um gato me pegasse eu precisaria serví-lo durante todo o final de semana, porém se eu não fosse pego eu poderia escolher um dos gatos que falhassem para me servir ou simplesmente a escola pagaria um final de semana na praia.

O relógio começa a piscar. Droga! Eles estão perto.

O relógio mostrava quando um gato estava perto o que nos dava uma ligeira vantagem, mas os pesos nos nossos pés impedia que a gente corresse rápido, além disso saber que eles estão perto é bem diferente de saber onde eles estão.

Se esconder no depósito perto da cozinha parecia uma boa ideia, era perto do elevador e da escada para caso tivesse que fugir, porém era normal que muita gente passasse por ali, então não dava para saber se, de fato, eu estava em perigo ou não.

Quanto tempo havia passado? Parecia umas 10 horas, mas tinha apenas uma hora. O som da porta do depósito abre. Merda! Merda! Merda! Quem era ? Não dava para saber e eu não iria arriscar tirar parte das coisas que eu usei para me cobrir só para matar minha curiosidade.

O depósito estava escuro, simplesmente porque antes de me esconder eu aproveitei para tirar a lâmpada, uma jogada de gênio. Ou nem tanto!

Ora, ora, o depósito está sem luz? Só um rato muito asqueroso gostaria de um ambiente tão desagradável.


Essa voz? Era o pior dos mundos! De todas as pessoas da turma zero, essa era a longe a mais irritante de todas: Thor!

E pior que nem era um apelido, simplesmente seu pai, um dos homens mais ricos do país, resolveu que era uma boa ideia dar o nome do semideus nórdico para seu filho.

Sabe! Temos ainda duas horas de jogo e eu já poderia ter capturado meu rato, mas não quero qualquer rato, prefiro que seja ou alguém que eu deseje, ou alguém que odeie, então quem será que está aqui? - E dizendo isso ele liga a lanterna do celular


Sem dúvida ele não me deseja, mas com certeza ele me odeia, na época eu não sabia ainda, mas minha melhor amiga de turma simplesmente o recusou e, na cabeça dele, temos caso. Possivelmente é mais fácil para ele acreditar nisso do que simplesmente entender que nem todo mundo se encanta por seu abdômen definido, dentes excessivamente brancos e dinheiro.

Ele estava chegando muito perto, com certeza ele começaria a mexer na pilha de coisas onde eu estava escondido, as chances estavam contra mim, mas eu tinha uma carta na manga, minha escolha de usar o depósito também tinha sido por saber que eu teria muito mais equipamento ali, inclusive cordas: "o que não falta nessa escola são cordas".

Na meio-hora que tivemos de preparo, pude amarrar a corda numa pilha de caixas na outra ponta, isso permitiria eu puxar as cordas para distraí-lo enquanto eu fugia.

Eu já podia sentir os primeiros panos sendo retirados da pilha onde eu estava, só me restava puxar a corda e foi isso que eu fiz. As caixas e vassouras caíram fazendo um grande barulho e sem dúvida ele se assustou o que me deu tempo de fazer a única coisa que parecia certo, aproveitar a distração para sair do meu esconderijo e pegá-lo desprevenido.

Não bastava ele me ver para me capturar, ele precisaria colocar um adesivo nas minhas costas, só depois disso eu estaria perdido... Saltei da pilha de panos e empurrei ele com o máximo de força que eu tinha e isso fez com que ele caísse no chão me dando tempo de passar pela porta. Possivelmente ele me odiava muito mais agora.

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⏰ Última atualização: Mar 20, 2023 ⏰

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