Meet Me By The River

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Oi gente, tudo bem? Sempre tive um headcanon enooorme do Jotaro vindo para a floresta amazônica para estudar os botos cor de rosa, e já havia pensado nesse AU faz um tempo (desde quando escrevi Ocean Stars)

Headcanon enorme do Kakyoin sendo um boto e o Jotaro um biólogo, pra quem não sabe, A lenda do boto diz respeito a um homem que aparece e engravida misteriosamente as mulheres das aldeias da região norte. É muitas vezes descrito como um homem muito bonito em vestes brancas, que aparece de vez em quando para seduzir e encantar suas vítimas. Espero que com essa informação seja possível entender um pouco da história já que ela contém um pouco de elementos de gravidez masculina.

Espero que gostem ♥️😊



No leito do rio descansa uma criatura temida pelas mulheres de toda a Amazônia.

O boto cor de rosa — o golfinho do amazonas que nas lendas brasileiras, seduz as mulheres e as engravida sorrateiramente — nada graciosamente pelas águas da floresta amazônica, noite e dia. Verdadeiras raridades nas águas brasileiras, infelizmente ameaçadas de extinção por causa dos predadores humanos. Biólogos do mundo inteiro viajam para a região da Amazônia anualmente para estudar esses bichos fascinantes.

E foi o que o Dr. Kujo fez.

A viagem do Japão até o Brasil foi demorada — sabe-se lá quantas malditas horas de voo ele fez. Chegar à região da selva é complicado e ele se aventurou em um barco até ir a um santuário dos bichos em uma região de difícil acesso, porém que teria objetos de estudo para seu novo trabalho. Apesar de ser biólogo marinho, estudar as águas de um rio de vez em quando é uma ótima opção. Encantado com a água negra do rio, iluminada apenas pela forte lua cheia em um céu coberto por nuvens que vem e que vão, Jotaro decidiu ir até a popa do barco para fumar em silêncio. Os mosquitos lhe tiravam a paciência, mas tudo isso valeria a pena. Conhecer os animais mais encantadores e raros poderia lhe custar um bom reconhecimento.

— Tenha cuidado com os botos, se um dia sua esposa vier para cá, não a deixe chegar perto deles. — o capitão do barco dirigiu a Kujo poucas palavras.

— Eu não sou mais casado. — assumiu o biólogo, deixando a fumaça desaparecer em meio ao escuro do trajeto. — Acho que essa viagem serve para fazer as pazes com meu eu interior.

— E sua filha? — O capitão perguntou, um grunhido de dúvida saindo ocasionalmente de seus lábios.

Jotaro não respondeu. Talvez a filha estivesse melhor com a ex, pensou ele. Seu peito inflou, pronto para dizer tais palavras, mas o silêncio é a melhor resposta para algumas perguntas.

O percurso do barco seguiu depressa, avançando pelas águas lúridas do rio. Jotaro não queria mais falar nada, apenas desfrutar sozinho da viagem. Já havia ouvido falar das lendas do folclore Brasileiro, e lendas são lendas em todos os lugares. Para os gregos, os golfinhos possuem conotação sexual, não seria diferente nos afluentes e igarapés da Amazônia.

O barco chegou a um distrito de Santarém, uma cidade no Pará. O norte do Brasil encantou Kujo, era totalmente diferente daquilo que ele encontrou em outros países — até mesmo na sua casa na Flórida, cheia de pântanos entediantes.

Jotaro reconheceu o tipo de solo que estava pisando. Gotas de chuva salpicaram suas vestes, mas não aliviaram o calor.

— Senhor Kujo, só para lembrar, aqui chove bastante e...

— Estou ciente. — Jotaro assentiu. — A proximidade da linha do Equador faz com que o clima seja quente e a umidade vem da floresta amazônica. — Tirou o casaco branco que ele tanto ama e em seguida, o depositou sobre o braço. — Pode deixar, eu levo minhas malas.

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