Mystery of the emerald

Prólogo

Era uma tarde de domingo, os ventos calmos, a brisa soprando levemente em meu rosto, era bom, definitivamente eu me sentia melhor perto da natureza, abria meu livro passando o dedo entre as páginas, sentindo a leve textura me perguntando se aquilo era real, depois de tanto tempo presa em meu quarto, matutando minha existência, e o porquê dela...
- Filha vai ficar aí a noite? Sabe dos males que tem ao anoitecer não sabe? - falava minha mãe lua sorrindo e estendendo a mão pra mim.
- aí mãe para, eu sei que não liga, tá mais é preocupada que venha algum animal rondar nossa casa - respondi enquanto pegava em sua mão, dei alguns tapinhas em meu vestido para soltar as folhas presas.
- ué filha, pq não acreditaria, você que lê esses livros de fantasias deveria estar mais ansiosa comigo falando assim, não é que eu acredite em tudo que você fala, você sabe que não, porém eu sei de muita coisa que prefiro esquecer...
Falava enquanto colocava um prato de frutas em minha frente na mesa, frutas definitivamente era meu ponto fraco, prestava atenção em cada palavra de minha mãe, queria acreditar que era real, acho que ela só fala isso pra não querer que eu fique triste, já perguntei para ela o que seria essas coisa que ela viu... porém ela nunca fala, com certeza ela tá inventando.
- entendi mãe- acenei a cabeça enquanto devorava meus morangos
- bom já está tarde, vou dormir filha, seu pai vai ficar na cidade hoje por conta do trabalho, boa noite minha fada- veio até mim e deu um beijo sobre minha cabeça. Novidade meu pai ficar na cidade por emprego, ele sempre faz isso, as vezes me pergunto o pq minha mãe continua com ele, amor pode ser, mas amor mesmo não faria isso, pelo menos é o que eu penso sobre o amor...
- boa noite mãe, durma bem - respondi.
Levantei colocando minha tigela na pia, pensando na vida, o quanto minha mãe se esforça pra ser uma mãe boa e mesmo assim me sinto destruída por dentro, não sei o que há, mas me sinto fraca, sem emoções pra viver ou força, penso que as vezes seria de fato bom eu não viver, mas seria muito egoísmo pensar isso com minha mãe ao lado, por isso me prendo aos livros, isso mantém eu viva de alma, tá certo que não é nada real o que eu leio, porém poderia ser, imagina só, cada ideia que eu tenho, acho que só posso tá maluca... termino de lavar minha tigela, e de repente começo me sentir observada, meu corpo trava e literalmente não consigo me mover, como se realmente tivesse alguém na janela observando cada movimento meu, por culpa desses meus livros fantasiosos minha mente me permite pensar em várias coisas horrendas, maldita hora que minha imaginação quer ser fértil, tomo coragem e me viro lentamente olhando pra janela, e não tem exatamente ninguém, eu tenho certeza que tinha alguém, eu sentia, meu corpo estava arrepiado, bom não sei se fico aliviada ou assustada, decido não pensar muito e subo no meu quarto para tentar dormir.