Apocalipse: A revolta dos servos das sombras

7 Operação desamparo

00:00h Norte de Nova esperança, operação desamparo iniciada.

Eles vestiram equipamentos diferentes para a operação, roupas pretas e observadores como binóculos e óculos de visão noturna, não era noite de lua, por isso a visibilidade obviamente era nula. O local era um campo aberto próximo a uma mata alta. Onde ficava uma fazenda desativada á mais de dez anos.

Sua sede situava-se cinco quilômetros da entrada, o antigo dono era poderoso financeiramente, as após sua morte, seus descendentes suicidaram-se depois de acabar com a fortuna que usaram irresponsavelmente.

O local possuía muita energia negativa, inclusive, era lá que ocorriam acertos de conta e assassinatos pós sequestro. A maioria dos crimes mais sombrios de Nova esperança foram consumados alí.
O bunker citado foi feito dois anos após a morte do antigo dono do lugar, pela qual servia de esconderijo para uma possível guerra nuclear que circulava as paranoias de um dos membros da família. Entretanto, agora abandonado, foi arrombado e usado como matadouro de vidas inocentes e não inocentes.

- Raposa 1 para chacal, nem um sinal de movimento de oeste à norte. Qual sua situação?

- Chacal para raposa 1, copiado. Nada de movimento de leste ao sul, avançando para a sede da fazenda, copiado?

- Afirmativo, prosseguindo operação.

Avançados dois quilômetros, a energia do lugar começou a pesar, assim como era possível ver corpos espirituais se movendo pelo lugar, podendo serem ou não nocivos.
Espíritos que ficaram presos no plano terreno devido ao peso de suas mentes com as situações em que foram mortos e o sentimento que sentiram até após serem mortos. Vozes eram ouvidas, algumas pedindo socorro, outras querendo vingança ou desejando sangue.

Na mente de Victor e Amaya circulava a dúvida de como os filhos de nagul ficavam alí sem serem atacados, já que eram espíritos que não tinham ligação alguma com a guerra. E foram impedidos pelos seus próprios sentimentos e por algum outro evento, impedidos de irem aos céus ou ao inferno.

- Raposa 1 para chacal, tenho visual da sede. Mas os espíritos ao redor não podem nos ver ou seremos localizados, lembre-se: viemos para o reconhecimento do local.

- Afirmativo raposa 1: mas até quando vamos esconder nossa energia espiritual?

- até termos escaneado todo o perímetro. Lembre-se: eles estão no local.

- Copiado, chacal desligando. Mantenha sua posição.

Enquanto faziam o reconhecimento da área, na zona urbana da cidade os cidadãos protestavam contra as mortes permitidas pelo governo do país, pelo descaso com religiões e com pessoas que morreram acometidas por doenças que surgiram do nada não muito tempo antes, contra sua ideologia absurdamente caótica e contra sua equipe despreparada para o cargo.

Sua intolerância com a diversidade humana era estampada em sua face, fala e modo de agir. Ele não considerou o povo e isso o levou à essa situação. Infelizmente para Jack, isso o trouxe problemas. O local de dirfarce passou de galpão abandonado pra uma loja conhecida, cujo dono era apoiador do atual presidente. Isso acabou acarretando uma série de invasões ao local, ainda que a base não fora descoberta, aquilo deveria parar.

- Já é a quinta invasão em menos de três dias, ou trocamos a faxada ou vamos ter que apontar os protótipos das armas tranquilizantes para a multidão, ainda não estou pronto pra isso.

- Irônico é o horário que tiraram para isso, justo quando Amaya e Victor estão em missão... aí Jack, acha que a Lilian apoia sua atitude?

- Claramente não, mas se não houver escolha, vou ter que dar a ordem...