08

129 8 0
                                    

 Jungkook

   Estou sem entender o motivo do pequeno ômega ter ficado tão sensível ao ponto de se derramar em lágrimas. Essas que fizeram meu coração doer. Porra, eu me guiei feito um cego até seu corpo e o abracei, o protegendo do sentimento que domou seu coração.

  Simplesmente agi pelo impulso, foi surreal, não pude evitar a preocupação e o medo.  Mas agora, que tenho seu corpo pequeno e magro acolhido em meu abraço, o sentimento de preocupação que antes carregava, deixou de existir, tudo que importa nesse exato momento é seu cheirinho tão próximo de meu olfato, seu rostinho deitado contra meu peitoral. E sua respiração serena porém constante.

- Pequeno ômega? - Chamei por ele, usando uma entonação baixinho e suave, de forma alguma quero assusta-lo ou pior, deixá-lo com medo. Isso seria inaceitável.

– Uhm? - Resmungou em forma de resposta, mas que coisinha fofa viu? Vê se mereço uma coisa dessas? Pensei dando uma pequena risada. Isso ou apertar o Jiminie em um abraço super apertado, esse é meu jeito de agir com coisinhas pequenas e fofas.

- Não está com fominha? Você acordou todo zangadinho depois dos acontecimentos de ontem. Vamos papar um ' tantinho?

Questionei erguendo minha mão em direção ao seus fios de cabelo, pousei ela ali começando a fazer um cafuné tentando relaxar meu bebezinho. Esse que se mantia em silêncio o tempo todo apenas me abraçando com seus bracinhos pequenos e desnutridos (por pouco tempo! Encherei ele de comida até ficar uma bolinha redondinha e super fofinha.)

– Não estou com fominha alfinha.... Estou cansado. - Respondeu erguendo sua cabeça para poder me encarar, seu tom  de voz estava manhosinha e fininho, seus olhos estavam brilhantes, bem como suas bochechas fartas estavam rosadas e com linhas finas de lágrimas.  Uma cena erótica e fofa, não pude deixar de imaginar como seria ouvir seus gemidos em bom som, ver suas expressões de prazer e poder sentir seu cheiro de excitação, o imaginei chorando de prazer enquanto lhe estoco com firmeza, indo fundo.

Só de imaginar sinto meu pau engrossando dentro da box. Porra, momento errado para ser um pervertido. Engolindo em seco, eu respirei fundo desviado o olhar por poucos segundos antes de voltar olhar seu rostinho redondinho e bochechudo.

- Só de choro não vive um pequeno ômega. Vamos comer, nem que seja somente umas .. quinze colheres.

Falei firme deixando um beijo no topo de sua cabeça, em seguida eu dei um sorriso de lado ao ver ele arregalando suas orbes cor âmbar ao mesmo tempo que negava com a cabeça repetidas vezes. Fofo.

– Mas é muito! Quinze colheres é muita coisa, seu alfa bobão. – Falou saindo do meu casulo, bufei não gostando nenhum pouco de ter seu corpo longe do meu.  Quero ter ele bem pertinho, bem pertinho mesmo. Não um passo de distância de mim.  Por isso, tratei de pegar sua mãozinha de bebê super gordinha e o puxar pra perto.

- É muito? - Perguntei erguendo uma sombrancelha, adotando uma expressão pensativa.

– É sim! Quinze colheres é muita coisa. Não conseguirei comer isso tudo! – Falou formando um biquinho, e eu como um bom alfa que sou, não pude deixar de salivar olhando seus lábios salientes e vermelhinhos. Droga! Como seria ter eles envolvendo meu caralho? Espero não demorar muito pra descobrir.

- Ok, já que quinze é muito, podemos dividir por dois ?

Perguntei pegando o pequeno no colo com cuidado, assim como já estavamos na cozinha, o sentei no banco de frente para as coisas que havia feito .

- Pode ser sim....

Falou ele olhando o café da manhã montado sobre a mesa, sorrir pequeno me sentando ao seu lado no banco. Levei minha mão ao seus cabelos roxinhos fazendo carinho neles.

- Então coma, quero te ver bem gordinho.

Sorrir beijando sua bochecha, é estranho estamos agindo com tanta intimidade após o encontro das almas, mas não tem motivos pra agirmos feito estranhos quando nosso lado animal já fez a conexão um com outro.  Fora que a vida é curta demais, hoje posso estar feliz mas amanhã posso não está assim.

Hoje posso estar ao lado do meu ômega, amanhã eu posso não está, vou me doar totalmente, vou ama-lo, protegê-lo, respeita-lo, mima-lo e darei-lhe minha melhor versão. 

Enquanto divagava em pensamentos,  meu ômega estava comendo bolo de chocolate e bebendo um suquinho de manga. Sorrir bobo olhando suas bochechas cheinhas.  Eu estou tão curioso sobre o porquê dele ter chorado quando fizemos a conexão. Só que... São seus sentimentos, não posso invadir seu espaço, estarei aqui aguardando ele está confortável pra me dizer.

- Olha, tem esse croissant com bastante queijo e presunto. Gosta?

Fazendo essa pergunta eu notei, que antes de termos contato sexual, eu quero conhecer ele melhor, saber seus gostos, seus medos, seus objetivos, seus sonhos, o que ele espera de um relacionamento. Quero que ele me veja  como alguém que pode contar e confiar. Que pode encostar sua cabeça em meu ombro e desabar em seus dias cinzas; quero que ele sinta, que estarei sorrindo em seus dias coloridos.

- Gosto sim, são bastante gostosos.

Falou o meu nenê já esticando a sua mãozinha  pra pegar o croissant, mas é um bebê mesmo viu? Pensei dando um pequeno sorriso. Estou apaixonado, pensei suspirando.

- Uhm...qual sua comida preferida?

Perguntei tombando minha cabeça pro lado, mas acabei sorrindo quando o menor me encarou e seu rostinho estava todo melado de chocolate. Sinto que vou morrer de amores por esse garoto.  Me inclinei em sua direção beijando sua bochecha gordinha.

- Desculpa, estava com chocolate e não resistir. - Justifiquei meu ato de beijar o ômega sem pensar nas consequências, bom, e a consequência dessa ação foi um tapa na cara? Não, foi um lindo sorriso com direito a dois risquinho nos olhinhos.

- Tudo bem alfinha, minha comida favorita é... Macarrão de panela de pressão. Com bastante queijo e presunto.

E pelo visto meu ômega é um grande amante de laticínios.  Espero que ele goste do meu direto da fábrica. Neguei com a cabeça tentando não manter pensamentos sexuais.

-  É? Darei um jeito de fazer pra te agradar.

Levei minha mão a sua coxa e deixei ela paradinha alí, queria apenas ter algum contato com sua pele, mesmo que seja atravéz de roupas.

Mafioso com C - Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora