202 - Beatriz se Muda

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Na biblioteca, Rael encontrou Violeta ocupada em uma leitura na mesa dela. Ele se dirigiu para a mesa do lado com seu novo livro sobre de Pílulas Focadas. Rael estava estudando uma maneira de focar a criação de novas pílulas com minérios.

― Não vi Emilia na cama quando cheguei. Ela ainda está acordada? ― perguntou Rael.

― Ela ficou ajeitando os quartos para os três visitantes. E Thais Reis, como está? ― perguntou Violeta de volta.

― Eu acho que ela vai ficar com os pais. Nesse momento, estou descansando na residência da matriarca Ana do clã Sarbaros. ― explicou Rael.

― Mara, Rael e a filha deles irão ficar conosco até decidimos o que fazer.

― Sim, compreendo. Não é como se eles pudessem voltar para casa. Nesse novo mundo eles não tem um lugar de direito. ― disse Rael.

― Não podemos deixar que ninguém os vejam, isso poderia gerar grandes problemas. Imagine se depararem com uma Mara do décimo segundo reino? Como será que as pessoas reagiriam a isso? Seria uma tremenda loucura.

― Verdade. Eles terão que viver escondidos por um tempo até pensarmos em algo. ― concordou Rael.

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Rael acordou já de tarde e se levantou preguiçosamente. Se vestiu e saiu em direção ao corredor, encontrando uma escrava local parada ao lado da porta:

― Senhor Samuel, por favor, queira me acompanhar. Eu preparei o seu almoço. ― disse a mesma educadamente.

― Você ficou me esperando?

― Ordens da matriarca Ana, senhor.

― E onde ela está?

― Ela está cultivando no salão principal. Deseja que eu o acompanhe até lá ou a chame para o senhor?

― Não precisa, apenas me sirva a refeição. ― disse Rael seguindo a mesma.

Depois do almoço, Rael foi procurar a família Reis. Laís e Beatriz estavam cultivando no quintal da casa nos fundos, uma separada da outra por alguns poucos metros. Rael encontrou Thais mais ao fundo, treinando com sua lança alguns movimentos. Quando ela viu Rael, girou a lança rapidamente nas mãos com bastante habilidade e maestria, em seguida armazenou-a em seu bracelete:

― Não precisava ter parado. ― disse Rael, chegando perto dela. Beatriz e Laís continuaram cultivando sem se incomodarem com a chegada de Rael.

― Eu só estava testando meus movimentos. Fiquei muito mais rápida graças a você. Estou me sentindo praticamente duas vezes mais forte que antes.

― É muito bom ouvir isso. ― disse Rael.

― Precisamos conversar sobre uma coisa que está me incomodando... ― disse Thais, lançando um olhar sobre Beatriz e depois voltou a olhar Rael: ― Você deixou a filha do patriarca Arthur sob os cuidados dos meus pais. Tem ideia do quanto isso é perigoso?

― Perigoso? Não, Thais, eu tomei a filha dele. Se ele tentar fazer qualquer coisa, Violeta, minha mestra, destrói todo aquele clã. Ele viu claramente o poder dela, e não é louco de fazer algo. ― disse Rael.

― Rael, aquele homem é traiçoeiro. Se estiver mesmo achando que ele vai ficar parado enquanto você o humilha, está completamente enganando. Se ele vier resgatar a filha dele, pode apostar que irá tirar a vida de toda minha família. Eu peço para que você arrume um novo lar para ela. Tire-a daqui. ― pediu Thais com um ar bem sério. Rael não teve o que dizer. Sobre pôr famílias em perigo, ele agora entendia bem esse significado.

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