𝑇𝑟𝑎𝑛𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑚𝑒

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Suas lágrimas são como o oceano onde quero mergulhar, Então permita com que eu durma em seus céus violentos, Quero me cobrir com todas as cores que regem você: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul

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Suas lágrimas são como o oceano onde quero mergulhar,
Então permita com que eu durma em seus céus violentos,
Quero me cobrir com todas as cores que regem você: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul...


Gavira deslizava o giz pelo quadro negro com maestria, repartindo o mesmo em três ramificações. O objetivo de todo aquele aparato era poder explicar para as crianças do quarto ano a diferença entre retas paralelas, concorrentes e perpendiculares.

- Então toda vez que tiver esse quadradinho com o pontinho no meio será uma reta perpendicular? - um dos pequenos perguntou em tom alto.

Pablo virou para a classe e logo identificou a presença de Ronnie, o filho de Phil, um de seus amigos durante o período de escola.

- É isso aí, mas esse quadradinho tem nome. - explicou amorosamente. - Alguém se lembra do nome deste ângulo?

A classe parecia um pouco confusa deixando Gavi abismado, pois, havia explanado o conteúdo no dia anterior.

- Ângulo reto! - uma das meninas gritou ao levantar o dedinho, sendo seguida por um coral de alunos afirmando o mesmo.

- Sim. É o ângulo de 90 graus... - Ronnie novamente expressou, fazendo com que o mais velho suspirasse aliviado, afinal, eles haviam aprendido.

Após alguns minutos de cópia e conversa paralela, Mason, um de seus alunos mais quietinhos levantou-se da carteira e caminhou até a mesa de Pablo.

De início, o professor pensou que ele fosse pedí-lo alguma coisa, no entanto, Mason possuía uma dúvida especial e um tanto quanto mais pessoal, para sanar com o mesmo.

- O papai disse que você vai parar de ensinar a gente... - disse de uma maneira manhosa e chorosa ao balançar de um lado para o outro. - Isso é verdade? Você vai deixar a gente?

Gavi franziu o cenho, completamente perdido com aquela informação. Desde quando De Bruyne costumava mentir para seus filhos? No entanto, Pablo logo olhou para a própria barriga, sorrindo bobo ao interpretar a frase do menino.

- Não, meu anjinho! - segurou sua mãozinha. - O tio Gavi não vai parar de ensinar vocês. - explicou ao sussurrar para ele. - Mas é que o tio Gavi vai ter um bebezinho... - tocou o volume ainda discreto de sua barriga. - E quando ele estiver crescendo muito eu vou ter que ficar um pouquinho em casa até ele nascer.

Aquela havia sido a maneira mais didática que conseguiu encontrar para contar a ele o que verdadeiramente aconteceria.

- Então... então... você vai voltar?

- Claro que irei voltar! - sorriu para ele. - Só preciso esperar o bebezinho nascer.

Um sorriso sincero e cheio de amor brotou nos lábios de Mason e esse era um dos motivos para Pablo amar seu trabalho. O amor gratuito e sincero que recebia de seus alunos era maior do que qualquer coisa. Era incomparável. Ele não trocaria por nada.

 𝐄𝐧 𝐧𝐞𝐜𝐞𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 ➥ᵍᵃᵈʳⁱOnde histórias criam vida. Descubra agora