Rato

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Nunca sei quando ela vai estar num baile, num pagode. Mas a certeza é que se ela estiver, eu não vou conseguir prestar atenção em mais nada. E aparentemente nem ela conseguiu, não tirava os olhos de mim. Mas eu estava com a Brenda, não tinha muito o que fazer. 

Quando ela começou a dançar com o menor, quase que cheguei junto pra tirar ele de perto, mas não pude, ia ficar muito escancarado. Mas aí o Luiz chegou e tirou o mlk, foi suave. Porém eu não contava que logo depois ele arrastaria ela dali. Furando olho do amigo, qual foi?

Bateu uma neurose fudida, arrastei a Brenda no ódio pra fora do pagode, deixei ela em casa que começou a surtar gritando comigo. Fechei a porta na cara dele e saí de moto, passei na frente da casa da Barbie e vi que a moto do Luiz estava de frente. Fudida do caralho. Ela quer brincar comigo.

Parei na boca, apertei um baseado e fumei dali mesmo. Mandei vir cerveja, logo o menor trouxe várias long neck de heineken. Bebi duas seguidas igual água, estava no ódio, louco pra pegar o Luiz na porrada. Vacilão. 

Não estava me aguentando ficar ali, passei duas vezes na frente e a moto ainda continuava lá. Não tinha muito o que fazer, voltei pra boca e fumei mais um. Os menor começaram a tontear também, fui de rolê pelo morro. Mas todos os caminhos estavam me levando até a casa dela. Assim que ele saiu, eu parei logo em seguida e assoviei. Ela abriu a porta só de calcinha e sutiã. Arrombada. 

Sentei pra fumar meu cigarro na varanda dela, não podia entrar estressado e fazer merda.
Ela fez as gracinhas dela, eu me exaltei e parei pra fumar mais um. Quando voltei pra dentro da casa dela, encontrei ela deitada na cama olhando o teto, só deixei a arma embaixo da cama e puxei ela pra cima de mim. E pela primeira vez, não quis fazer nada com ela, só fiquei dali com a companhia dela.

Não demorou muito pra ela dormir, fazia cafuné e acariciava as costas dela. Meu celular começou a vibrar na mesa de canto, Brenda me ligando. Desliguei, ajeitei ela na cama e me levantei pegando minhas coisas. Saí da casa dela fechando tudo, bati o portão e subi na moto indo pra casa. 

- Onde você estava? - falou alto assim que eu abri a porta do quarto, ignorei ela deixando minhas coisas em cima da mesa de canto - Ficou surdo? Me responde - olhei pra ela e ia saindo do quarto quando ela parou na minha frente - Tá pensando que tu vai ficar me tratando igual essas putas que tu come aí na rua e eu vou ficar calada? - gritava
- Sai da minha frente - cruzou os braços
- Eu sou sua mulher, você tem que me tratar como tal - ri pelo nariz passando a mão no rosto - Tá achando graça?
- Não estou te prendendo, se não está gostando, a porta da rua é serventia da casa - começou a socar meu peito, segurei os pulsos dela pressionando a mesma na porta - Não me estressa que tu ganha mais
- Me solta! - gritou, joguei ela na cama e saí do quarto indo pro banheiro, tranquei o mesmo e fui tomar banho, ela tentou abrir a porta e ficou socando a mesma - Abre a porta, Rato - abri o chuveiro e deixei a água cair - Me desculpa - ri sozinho negando, abri a porta e ela entrou já sem roupa, macetei ela ali mesmo sem dó nem piedade

Quando acabamos, vesti uma roupa qualquer, coloquei minhas coisas de novo e saí de casa indo pra padaria. Tomei café da manhã de lá mesmo e fui pra segurança do chefe.

Depois que eu te vi [PAUSADA!]Onde histórias criam vida. Descubra agora