1 •Perdido

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Oh.

Frio. Foi a primeira coisa que Zoro sentiu quando recobrou a consiência.

Aos poucos seus olhos se acostumavam a escuridão notuna e o local ficava mais visivel, dando brecha para o garoto pelo menos deduzir em que situação se encontrava.

Parecia estar numa viéla estreita da cidade, porém não reconhecia o lugar, se é que algum dia já conquistou tal feito.

Percebeu que estava numa lata de lixo, com pilhas de garrafas de álcool ao seu lado e, lixo, claro. Sua cabeça doía como inferno com os zumbidos que pareciam sair de dentro de seu cérebro, junto a seu corpo fraco que, com muita força, pelo menos o deixou se sentar na tampa do lixeiro ao lado, para seu oulfato ser poupado.

Checou os itens ao seu redor e tentou ver se ainda havia consigo algum pertence, ou fora roubado enquanto inconsiênte na caçamba. Ainda portava sua carteira com dinheiro e a identidade falsa, mas se desesperou um pouco ao não encontrar seu celular, apenas para lembrar segundo depois que havia o deixando em casa, pois estava carregando.

Por Deus, aonde foi com a cabeça ao aceitar a oferta de Luffy? Sabia que algo daria errado quando o mesmo o convidou a ir ao bar com as identidades, junto a Ussop.

O último resquício da lembrança que possuía era de estar na frente de uma delegacia e de estar fugindo dos policiais da mesma, acabando por se separar dos outros. Digamos que é ilegal o consumo de bebidas alcólicas por adolescentes.

Com Deus sabe qual força Zoro levantou-se e manteve-se em pé, cambaleando para lá e cá com a cabeça o martelando. Indo em frente a uma luz do poste no começo da rua com um cansaço surreal no corpo, agradecia que ao menos não se passara muito tempo, de acordo com o que Zoro conseguia deduzir. Merda, estava perdido, com uma dor fudida na cabeça e sem quaisquer ciência do horário, se perguntava se Luffy e Ussop estavam bem.

Chegando na rua, reparou que estava em uma área comercial, mas a maioria dos ímoveis locais estavam fechados, podendo presumir que já era de madrugada. Andando com mais firmeza agora, Zoro tentou caminhar até a praça que havia visto de relance na viéla, porém se viu em um lugar totalmente diferente ao que estava em direção, em linha reta. Tentou refazer seus passos para descobrir aonde ficava a praça, para apenas se perder ainda mais.

Após passar mais de 25 minutos apenas caminhando se perguntando onde diabos estava e procurando a maldita praça, finalmente a achou, adentrando no local de areia. Era uma pracinha na verdade, com balanços e tudo, bastante espaçosa para as crianças brincarem.

Gangorra enferrujada, escorregador com areia, alguém nos balanços, escorregas grandes, gira-gir--

Espera.

Alguém?

Tem alguém ali?

Zoro olhou para a figura no balanço a sua frente, estava um pouco receoso pois, quem iria ficar sentado num balanço de praça em plena madrugada? Ainda mais com o silêncio ensurdecedor que atingia seus tímpanos, não notou uma única alma viva desde que saiu da viéla, nem barulhos de carros ou motos. De fato bem estranho.

Observou mais atentamente o 'alguém'. Era loiro, mas era um loiro estranhamente forte, imaginava que fora até pintado entretanto. Quanto ao tamanho, poderia dizer que chegava até o quadril.

Tentou uma leve aproximação silenciosa, chegando bem perto do indivíduo a sua frente, no entanto, parou no instante em que conseguiu ouvir de fato, o choro vindo da outra pessoa.

A Dama e o Vagabundo • Zosan Onde histórias criam vida. Descubra agora