Capítulo 17

1.1K 68 17
                                    

Um bem grandão pra vocês me valorizarem muitooooo.


Lavínia Brandão


Estávamos conversando há um tempo já, o Leo era muito engraçado, de dez pessoas que passavam nove ele sabia da vida da pessoa toda, moral da história é que eu conheço a vida de muita gente aqui sem sequer eles saberem da minha existência.

- Essa ai óh, muito tiraça. - Rimos.

- Essa nem eu gosto. - olhei e vi uma garota loira dos cabelos longos, ela tinha cara de menina que gostava de ser cheia de moral.

- Ela é doida pra pegar o ultimo herdeiro do morro que ficou. - Ela estava conversando com uma garota e as duas olharam na nossa direção do lado.

- o MT ? - perguntei desviando o olhar. Ultima coisa que quero é apanhar aqui.

- Não princesinha, é o Abner mesmo. - o Léo disse com ar de deboche.

- Ah... Lá vem ela. - disse apreensiva.

- Relaxa, eu tô aqui. - Lia disse.

- E ai, patroinha. - disse com a Lia cheia de deboche.

- Oi Andreia. - sorriu falso.

- E a patricinha ai ? - apontou pra mim com cara de deboche.

- Tá comigo. - Lia disse.- Por que ?

- Ouvi dizer que era com o Abner. - calada tava, calada fiquei.

- E tá também.

- Não sabia que ele gostava de patricinha..

- Qualquer mulher que não seja você ele quer. - a Lia sorriu abertamente e ela arqueou a sobrancelha.

- Vamos Deia. - disse a amiga dela

- Bora, não quero estresse.. Mas logo me trombo com você, patricinha.

- Lavínia. Não precisa de rivalidade feminina por causa de homem, se você quiser ele e ele quiser você, eu quero mais é que seja felizes. - disse. Ela só sorriu debochadamente e saiu.

- Por isso ele não anda aqui. - o Léo disse.

- E ele já ficou com ela?

- Nossa, ha milênios. Quando ainda estudavam, mas como ela é a única do morro que ele já pegou ela fica cheia de sí.

- Que dó. - disse.

- Vamos, o pagode vai começar. - a Lia me puxou pra um barzinho que tinha ali.

Tinha uns caras, umas mulheres, uma galera na sinuca bebendo cerveja no copo americano, aquelas mesas de plástico. Juntou uns caras em um palco pequeno improvisado e eles começaram a cantar exaltasamba.

Lia me deu um copo com cerveja, pegou outro e o Leo também. Começamos a cantar e a beber junto com o pessoal. Logo juntou mais duas meninas, ambas esposas de uns homens que trabalhavam pro MT.

Diferente do que me passaram a vida toda, vejo as pessoas daqui se darem muito bem, vivem de uma forma tão simples e feliz... É tão diferente da minha realidade, porque quantas vezes fui pra festas dos amigos do meu pai e ficavam de cara feia, parece que o pessoal não estava feliz de estarem ali, diferente daqui, as pessoas estão radiante.. É uma energia tão gostosa. Não tem ninguém se gabando por ter trocado de carro, não tem ninguém se gabando porque a filha passou pra uma faculdade top, não tem competição de quem é mais rico e quem pega mais processos.. Aqui é pura simplicidade e alegria.


Intensa Onde histórias criam vida. Descubra agora