6. Culpa (Revisado)

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Musica= Shake it off - Thaylor Swift

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*** 

– Juniper, há quanto tempo está aqui? – ouço Mike dizer ás minhas costas.

– Acabei de chegar – minto. – Como notei que vocês estavam ocupados, eu estava voltando para minha mesa.

Ele me encara e sei que não acreditou em minhas palavras, nem eu acreditaria. Ele suspira não dizendo nada, e em seguida se dirige para o corredor. Mas para, e se vira para me encarar novamente.

– O quanto da conversa você ouviu?

– Não ouvi nada – ele me analisa minuciosamente.

– Até amanhã, Juniper – dizendo isso ele sai, me deixando completamente confusa.

Eu estou completamente intrigada com a conversa que ouvi. Mike parecia tenso, como se não quisesse que eu descobrisse algo. Mas eu sei que se eu não descobrir não conseguirei nem dormir a noite. Quem é essa pessoa? E porque Eliot deve explicação para ela?

Curiosa é o que estou. Com uma ponta de raiva também. Raiva de Eliot por me esconder alguma coisa, raiva de Mike por me deixar mais confusa e raiva de meu pai por me colocar no meio dessa confusão. Tenho raiva de todos.

– Querida – ouço Eliot me tirando de meus devaneios.

– Oi – percebo que estou parada como uma idiota no meio do caminho.

– Que bom que chegou. Tenho algumas coisas para você fazer para mim.

Apenas concordo com a cabeça, mas a minha vontade é de enfrentá-lo e perguntar tudo o que está atormentando minha mente. Mas me contento em ficar calada. Por enquanto.

Eliot diz que não pode sair daqui, e me pede para buscar algumas coisas que ele precisa para a empresa. Como sou sua assistente, eu aceito, afinal esse é o meu trabalho.

Charles me leva até o shopping, onde eu irei buscar algumas coisas para colocar em berço. Tenho quase certeza que é para algum comercial novo. Ele espera no carro e eu vou até a tal loja, que é muito bonita por sinal, ela é cheia de brinquedos de pelúcia e coisas infantis. Assim que entro uma senhora que aparenta seus sessenta anos, com um vestido longo e florido, vem ao meu encontro.

– Em que posso ajudar? – sua voz é arrastada.

– Vim buscar uma encomenda de Eliot Makoll.

– Claro, só um minuto – ela vai para dentro de um depósito e quando volta tem três sacolas em mãos. – Aqui está.

Agradeço e saio da loja, mas antes de voltar passo em uma loja de eletrodomésticos e compro uma cafeteira. Como Leticia ama café (e foi ela que me ensinou a amar também), sei que vai adorar o presente. Peço para que entreguem na casa de meu pai.

– Para onde agora senhora? – Charles diz assim que entro no carro.

– Já lhe disse para me chamar de Juniper.

– Desculpe Juniper. Aonde vamos?

– Agora até o Estúdio Black, buscar um quadro da última propaganda.

– Sim senho... Juniper – se corrige e eu sorrio.

Em mais ou menos quinze minutos, estamos parados em frente ao estúdio. Quando entro a recepcionista me pede para esperar. Me sento em um largo sofá de couro e espero. Logo, a fotógrafa aparece, já com o quadro em mãos.

– Imaginei que fosse alguém da empresa de Eliot. Sou Mia.

– Sou Juniper – aperto sua mão estendida para mim.

Por Livre e Espontânea PressãoOnde histórias criam vida. Descubra agora