A/N: Como me diverti com os comentários do último capítulo, sério. E nossa como eu tava com preguiça de escrever esse, mas acho que ficou satisfatório no fim das contas.
Agradeço a todas as meninas que sempre me ajudam, opinando ou sugerindo alguma coisa, amo vocês queridas. Esse capítulo é um grande compilado de cenários que me pediram desde que eu comecei essa história.
Isso não podia estar acontecendo. Isso definitivamente não estava acontecendo.
Depois que ela saiu correndo, Stenio gritou obscenidades a Moretti, que muito tranquilamente permanecia na porta do banheiro, como se ele não tivesse acabado de empatar a foda do século.
O advogado o expulsou e se trancou novamente no banheiro. Encostado na porta fechada, bateu a cabeça contra ela algumas vezes, tentando voltar à realidade, com seus batimentos cardíacos ainda muito acelerados.
O desgraçado do Moretti ainda teve a cara de pau de parecer surpreso com a reação dele. Mas se fosse sincero, Stenio também estava um pouco desfamiliarizado com sua própria reação. Era como se ele não tivesse controle de si mesmo e as coisas estivessem acontecendo rápido demais.
Lembrou-se vagamente do gosto amargo para além do normal, do whisky que ela lhe ofereceu e do brilho maléfico que cruzou as orbes castanhas quando ela o viu beber todo o conteúdo do copo.
Ela não faria isso. Ela não tinha motivos para fazer isso.
Ele não teve mais tempo de ponderar nada, suas mãos trêmulas suavam frio e ele não conseguia entender o porquê.
Seu estômago revirou, ainda não conseguia tirar da cabeça as imagens dela se contorcendo sob seu toque, da maciez de sua pele sob suas digitais. De repente, sua mente estava tomada pelos sons que ela fez quando ele a tocou onde ela era sensível, o cheiro dela tão forte ainda em suas roupas. Pensou nela rebolando em seu colo e na expressão de puro êxtase que ela fez quando ele circulou a língua em seus mamilos.
Ela estava quente e pronta, queria ele tanto quanto ele a queria. Isso ela não poderia negar.
Pensar naquilo não estava ajudando.
Rolou a cabeça pela porta, até ficar de cara para a parede. Mordeu a mão direita para gemer em frustração, tanto pelo desconforto dos dentes fincando na pele, quanto pela dor do contato descontinuado com aquilo que ele mais queria na vida: ela.
Ele precisava relaxar, urgentemente. Sua cabeça leve e completamente enevoada pelo desejo que se recusava a reduzir.
Stenio tinha certeza que, naquele momento, todo o sangue de seu corpo estava acumulado em um só lugar, muito longe de seu cérebro, onde ele realmente precisava.
Pareceram se passar longas horas enquanto ele esperava a ereção diminuir, esperou uma eternidade dentro de outra eternidade, e nada. Continuava lá: esticado e rígido, implorando para ser tocado.
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evermore (steloisa)
RomanceHelô e Stenio se conheceram na faculdade e se envolveram numa explosão de sentimentos, mas a imaturidade e o medo fez a relação acabar da pior maneira possível. Quando se reencontram anos depois, muitas coisas escondidas pelo tempo, virão a tona. S...