Os olhos dos arcanjos são brilhantes como diamantes. E refletem almas coloridas. Quando tingidos de tintas distintas, pintam e bordam memórias.
Lee Minho era a definição de ponto fraco das pessoas de sua faculdade. Quieto, na sua, chamava atenção por onde passava. Sua beleza, totalmente cativante, era de outro nível. Possuía, porém, uma barreira rígida sobre quem podia ou não se aproximar de si.
Barreira esta que apenas seu ponto fraco, Han Jisung, tinha passe livre.
Um garoto de aparência doce cuja risada adorável quebrava toda e qualquer pose de sério e fria que Minho pudesse adotar.
— Presilhas novas, bem? — pergunta Minho, deixando de lado o livro da Holly Black. Fazia alguns minutos desde a chegada do mais velho na faculdade, onde o mesmo já havia guardado o canto de Jisung com sua mochila. Era uma noite fria, por isso Minho trouxe um casaco mais pesado.
Quando Han adentra na sala, usando seu típico moletom rosa, um número maior que seu porte pequeno, Minho sabia que teria um ataque cardíaco devido ao excesso de fofura alheia, até mesmo em pequenos detalhes. Seu coração, um pedaço de si, era tão rápido ao presenciar o outro, que temia ser ouvido.
Notou, então, duas presilhas vermelhas em formato de morangos nos fios castanhos de Jisung. Duas pequeninas preciosidades que realçavam seu rostinho fofo.
— Sim. Eu ganhei do Lix hoje mais cedo. — responde, um sorriso pitico adornando os lábios cheinhos. Senta-se, então, ao lado de Minho, deixando a mochila em seu canto de sempre. Depois de pôr os materiais na banca, se vira para o mais velho. — E eu trouxe isso aqui.
Mostra uma cartela pequena com algumas presilhas, todas com cores e formatos variados. Além de alguns elásticos de cores claras, para maria chiquinhas ou tranças. Desde antes, dos primeiros dias quando conheceu Jisung, que sabia que ele adorava acessórios, mais precisamente presilhas.
E ele, ao ver de Minho, ficava tão bem com os objetos que só faltava o Lee colapsar.
— Seu cabelo tem estado mais lindo que o normal. Posso mexer nele? — pergunta, genuinamente empolgado com a ideia.
Fazia algum tempo — talvez um mês e meio, Minho não lembrava exatamente — que deixara seu cabelo crescer, e, desde então, Jisung simplesmente decidiu que tinha o direito total de mexer nos fios escuros do mais velho — o que, bom, era verdade, ele tinha.
Minho assente, sem hesitação, fazendo Jisung sorrir amplamente, deixando escapar uma risadinha fofa no processo. Sua nuca sempre arrepia quando sente os dedos de Han passando por sua pele, ali é sensível e ele nunca conta isso ao outro, mas ele nota, e mesmo notando, nada diz.
Jisung tem um toque delicado, e é o único que pode tocar Minho desse modo tão íntimo. Onde seus dedos passeam livremente, acariciando a pele quente e macia, mesmo que sem querer.
Logo mais, uma trança bem feita e apertada adorna o rosto de Minho, além de duas presilhas vermelhas em formato de fatias de melancia. Jisung gostava do jeito dócil com o qual o mais velho lidava com tudo, pois nunca negava ou brigava consigo, e sempre sorria no decorrer das situações.
— Quando o professor chegar, você desfaz a trança, né? — é o que Jisung questiona, meio incerto, depois de ouvir cochichos sobre o que ele fizera no cabelo de Minho. Lee o olha, dando-lhe um sorriso suave, fazendo um breve carinho na bochecha de Jisung.
— Eu adorei ela, por que iria desfazê-la? — responde, completando: — Você quem a faz, e isso é tão gentil. E suas presilhas são fofas, meu Sung, e elas ficaram muito bem em mim.
Aos olhos de Minho, os anjos cantam e Han Jisung existe mediante a magias, risadas e sorrisos. E suas ações possuem pureza, delicadeza, tamanha doçura e cuidado. São os melhores amigos do mundo, e mais que amigos, são uma parte do outro onde ambas as almas se conectam incondicionalmente.
Minho não se importa com os olhares. Se importa, apenas, com os pensamentos de Jisung. E em como ele vai lidar com isso.
Ele deixa ali, a trança, aquela parte que também significa mais do que é. Olha para Jisung, dessa vez mais calmo e quieto na sua, e o cutuca. Um leve toque, apenas para que ele veja, e ao tocar de novo, Jisung ri. Minho murmura um obrigado, que é respondido por um breve sorriso.
Jisung é tudo e um pouco mais sobre todas as coisas que fazem Minho ter pensamentos, vontades e desejos; pedaços de tanto e tanto no mesmo canto, voz da razão e pessoa que cria ideias e que Minho sempre as seguirá, sendo momentos as duas da manhã ou fins de semana vendo comédia romântica.
Porque Han Jisung é a metade perdida de Lee Minho. E Lee Minho é a alma gêmea de Han Jisung. E os dois nunca, jamais, sob hipótese alguma, sairão de moda.
oi! minsung é minha casa do campo e a fishballcatt é o comfort que sempre está aqui, e eu a amo muito. hoje, 2023, é o 4 aniversário com ela e eu sou muito grato por isso, por todas as memórias e por tê-la aqui, mesmo depois de todos os anos (a vida é incerta, sabem? e muda muito rápido, igual a canção do 1d). obrigado por tudo, dayzinha, por ser incrível, por ter uma risada fofa e uma personalidade tão doce e divertida. te amo muito, espero que tenha gostado e feliz aniversário!
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Presilhas & trança.
FanfictionOnde Jisung ama mexer no cabelo de Minho em seu tempo livre. Ou, onde Han Jisung é o ponto fraco de Lee Minho.