capítulo único.

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— Bem, a noite foi realmente ótima, mas eu preciso ir. – Lima disse dando um último gole na cerveja. — Valeu galera.

— Precisamos marcar mais reuniões assim. – Foi a vez de Paulo se pronunciar, se despedindo dos então presentes na sala da casa de Verônica.  — Até a próxima.

Os colegas da Delegacia de Homicídios se reuniam com menos frequência do que gostariam, mas quando acontecia, era sempre gracioso. Se davam muito bem, e para além da parceria no trabalho, existia uma parceria na vida pessoal.

Por fim, Verônica, Nelson e Prata eram os únicos que restavam do encontro.

Enquanto Prata deu iniciou a uma história macabra que aconteceu no nicrotério para Nelson, Verônica ficou totalmente imóvel por longos segundos. Percebendo que horas se passaram, e Anita havia ficado o aniversário inteiro trancada com uma mulher que ela achava extremamente irritante e outra que ela tinha completo desprezo, fora as preocupações quanto ao Carvana e a operação em que tinha falhado, que com sorte conseguiria numa segunda tentativa.

Mas, o mais importante era: depois de um dia cheio como aquele, Verônica não havia conseguido entregar seu presente de aniversário, o que com certeza deixava ambas as partes um tanto quanto ansiosas.

— O que foi, Verô? – Nelson perguntou ao se dar conta da distração da escrivã.

— Foi o aniversário da Anita.

— Ah, é verdade! – Prata soltou animado ao se lembrar do fato. — E você mandou o bolo não foi? Ele estava ótimo. Eu ouvi a Glória falando algo sobre um presente de aniversário que você ia dar mas acabaram sendo interrompidas. – Fez uma afirmação inocente e sua expressão dizia que estava triste por elas.

Um silêncio ensurdecedor pairou sobre a mesa por alguns segundos, Nelson segurava o riso enquanto Verônica encarava Prata com cara de quem comeu algo muito bom, mas não pôde terminar. Assistiram o rosto de Prata se transformar num espanto ao perceber do que se tratava e caíram em gargalhada.

─ Eu ainda queria dar esse presente. – Disse se recuperando das gargalhadas enquanto retomava o fôlego. — Depois dessa operação então, eu queria mesmo!

O presente em questão foi quando uma Verônica, usando apenas uma lingerie preta, com cinta liga, cobertos por um sobretudo para que não ficasse nada a mostra para outras pessoas, bateu na porta da sala de Anita. Os olhos da loira faíscaram quando a morena desatou o laço que segurava a peça e deixou ela escorregar por seu corpo. Anita sentiu todo o ar se esvair de seus pulmões e seu corpo ficar em chamas. Mas quando Verônica sentou em sua mesa, com as pernas provocativamente abertas para que a namorada fizesse o que quisesse, foram interrompidas com batidas na porta. "Porra. Que inferno." Anita soltou.

Além do desapontamento por terem sido interrompidas, foi um sufoco para Verônica conseguir pegar seu sobretudo a tempo antes que seu dindo pasasse pela porta e a visse na sala da delegada, pronta para ser fodida por ela.

— É sempre uma boa hora para transar, principalmente se ela envolver provocações. – Prata falou.

— Eu não discordo. – Nelson pigarreou, balançando as sobrancelhas sugestivamente. ─ Depois de hoje eu tenho certeza que ela também precisa disso. Por que você não vai até a casa dela e espera ela chegar do trabalho?

— Você é tão sem graça. Elas iriam transar no escritório no meio do dia e você quer tirar toda a empolgação da história? – O coroa falou, implicando com o outro.

— Não, Prata. Eu acho que o Nelson tá certo. E eu acho que depois de um dia exaustivo, estar esperando ela chegar em casa seria o melhor momento.

Verônica sequer esperou Nelson ou Prata concluírem seus raciocínios ou darem uma segunda opinião, convencida do que faria, acabou com sua cerveja em um gole e se levantou em um pulo rumo ao próprio quarto.

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