ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ

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749 palavras
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Melinda point of vew

Neve, um poste de luz, frio...
O chão começa a me puxar para baixo, para baixo da neve, tudo começa a ficar frio e escuro, até que me sinto sufocada.

Me sento rapidamente na cama, ofegante e suada. Um sonho, foi só um sonho. Não entendo, por que neve? E aquele poste, um poste no meio de um bosque branco. Havia tempo que eu sonhava com aquilo.
Escuto um estrondo, minha mãe gritando e vidros se quebrando. Bombas.
O ano era 1943, em agosto. Finchley estava sofrendo de ataques aéreos. Era mais uma noite de bombardeios. Eu e minha mãe fomos até o abrigo subterraneo. Nós já estávamos acostumadas, mas aquilo não poderia se repetir mais, era muito perigoso.

Minha mãe comentou delicada. - Você...se lembra do seu Avô? Digory Kirke?
Eu aceno com a cabeça, o abrigo era pequeno, tinham algumas latas e cobertores. A única coisa que eu consegui pegar foram alguns livros. - Você se importaria de passar um tempo lá? - Ela pergunta.
Eu já tinha entendido no que ela estava pensando, mas, se minha mãe estava pedindo, eu faria.

. ° ★ ° .

Meu humor hoje era "Tanto faz". Minha vontade era responder "Tanto faz" para tudo, menos para o "Eu te amo" da minha mãe.

- Eu também te amo mãe, muito mesmo. - Eu falo a encarando nos olhos. A estação de trem estava cheia, muitos jovens e crianças embarcando em vagões para fugir da guerra, também tinham vários militares.
- Se cuide minha filha. - Minha mãe fala me abraçando e acariciando meus cabelos.
- Nós nos veremos de novo? - Eu pergunto, com um nó na garganta.
- Eu prometo. - Ela fala sorrindo com os lábios. - Agora vá! Ela me empurra e eu entro na fila para dar as passagens.

Na minha frente tinha uma criança seguida por três maiores, provavelmente irmãos, o mais alto, supostamente o mais velho, loiro de olhos azuis, e que olhos lindos.
- Passagem! — Grita uma mulher fardada, me apressando.
Eu a entrego os papeis e ela me deixa passar. Antes de entrar no trem, olho para trás para ver se encontro minha mãe no meio da multidão, ela estava sorrindo com lagrima nós olhos e acenando para mim.

Eu odeio ver ela assim.

Entrando no trem, vi que a maioria dos vagões estava lotado

Depois de andar um pouco, acabo encontrando os mesmos irmãos de antes em um vagão. — Vocês se importam se eu me sentar com vocês? É que o trem está lotado.- Eu pergunto.

Vi o irmão do meio, de cabelo preto revirar os olhos e murmurar alguma coisa.
- Edmundo! - A mais velha sussurra. — Claro que pode!

Eu entro no vagão e me sento do lado da janela, que estava livre, os bancos eram de frente um para o outro, do lado esquerdo estavam sentados Edmundo, se esse for o nome, e a garota mais velha. Do lado direito, o mais velho e a menor
- Meu nome é Melinda, Melinda Evans. — Eu digo simples.

— Muito prazer Melinda, meu nome é Susana. — Ela se apresentou. — Esta é Lúcia, Edmundo e Pedro. — Falou apontando cada um.

. ° ★ °.

A viagem era longa, longa mesmo. Mas mesmo assim eu me divirto bastante, esta família é bem receptiva. Conversamos por um tempo. Estou feliz pois nesse período que estou num tem, tive tempo para fazer meus hobbies favoritos, como ler e desenhar.

— O que você está desenhando? — Lúcia pergunta.

Eu não sabia bem o que estava desenhando, era uma pessoa, geralmente eu desenho o corpo e não termino o desenho.
— Para ser sincera eu não sei, mas acho que tive uma ideia do que posso desenhar, espere um pouco.

Bom, minha ideia era desenhar Lúcia, que se parecia bastante com o rosto que eu tinha desenhado, agora só faltava o cabelo e as roupas. Estávamos quase chegando, então me apressei em terminar.

—Pronto! Tente adivinhar quem é? — Eu falo arrancando a folha do caderno e dando para ela.

— Am... Quem sabe... Eu? — Ela pergunta sorrindo. Eu aceno com a cabeça em afirmação, sorrindo também. — Muito obrigada! Pena que estamos quase chegando. Aliás, para onde você está indo?

— Para a casa do meu avô, Professor Kirke. — Eu digo.

Ao dizer isso, senti olhares fixados em mim. O que eu disse de errado? — E vocês? — Pergunto.

— Bom... Por algum motivo parece que estamos indo para o mesmo endereço. — Susana fala, um pouco feliz mas confusa também.

— Ótimo, agora vamos ter que aguentar o Pedro todo apaixonado. — Edmundo resmunga.

Isso vai ser bem interessante

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☆ Esᴛʀᴇʟᴀs ᴇ Cᴏʀᴏᴀs | 𝑃𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒 ♕︎ | Book OneOnde histórias criam vida. Descubra agora