capitulo seis

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961 palavras

Lúcia não estava mentindo, realmente tinha uma terra mágica dentro do guarda-roupa.
— Eu creio que... Pedir desculpas não seja o suficiente. — Pedro olha para Lúcia.

A garota, que estava com as mãos atrás do corpo responde. — Não, é pouco...Mas isso basta! — Ela joga uma bola de neve em Pedro, logo, aquilo virou uma bagunça.

Era neve para cá e pra lá, tenho que admitir que nem estava mirando na hora de jogar, pois estava sendo acertada toda hora. A parte de trás da minha cabeça foi atingida por uma bolinha que Theo jogou, mas não era uma bolinha não, sei lá o que foi só sei que logo começou a doer um pouco, mas não fui eu quem disse ai.

— Ai! Parem com isso! — Edmundo fala, eu nem tinha percebido que ele não estava brincando.

Todos de repente pararam de brincar e se viraram para o garoto.
— Seu mentiroso! — Pedro o acusa.

— Você também não acreditou! — O moreno se defende.

— Peça desculpas para Lúcia agora!

— Tá bom, tá bom... Desculpa — Ele olha para baixo.

— Tudo bem, algumas crianças não sabem a hora de parar de fantasiar. — Lúcia fala. Confesso que eu quase ri.

Quando o fogo do diálogo abaixou, ficamos pensativos.
— Mas e agora? Para onde vamos? — Eu pergunto unindo as mãos e tentando me aquecer.

— Acho que Lúcia deveria decidir. — Pedro fala dando chance para a irmã.

A garotinha responde sorrindo. — Vocês tem que conhecer o Sr. Tumnus!

— Então vamos conhecer o Sr. Tumnus.

— Mas não podemos sair por aí nessa neve. — Theodore começa.

Eu, que estava mais perto da entrada, me lembro do guarda-roupa, tinham casacos grossos e quentinhos. — E se usássemos estes aqui? — Pergunto apontando para os mesmos

Tudo estava acontecendo rápido demais, uma hora estávamos brincando de baseball no sol e agora estamos indo para a casa de uma criatura mística que Lúcia conheceu.
— Se pensarmos logicamente. — Pedro entregava casacos para todos. — Não estamos tirando eles do guarda-roupa.

Todos recebem casacos compridos que iam até o comprimento dos pés, e a manga também era larga. Ao vestir o meu, o frio que estava sentido se ameniza, menos a dor de cabeça por conta da bolinha de neve, ainda estava sentindo.
Ao longe, Theo e Susana estavam compartilhando alguma coisa engraçada, que fofos.

— Mas isso é casaco de menina! — Edmundo fala, mais a frente.

— Eu sei. — Pedro responde seco, empurrando um casaco claramente feminino para o irmão.

Lúcia começou a nos guiar, iamos em dupla, um do lado do outro, Lúcia mais a frente, Susana e Theo, Pedro, Edmundo e eu íamos meio misturados, mas o moreno caminhava devagar, parecia estar procurando algo na paisagem, o que o deixava por último.

Em certa parte do trajeto, vi um poste de luz. O caminho era longo, cheio de descidas que faziam a gente tropeçar e acabar rolando na neve, foi bem divertido.

Lúcia contava tudo de bom sobre a casa do Fauno, que tinham bolinhos e chás, mas de repente ela para olhando para frente fixamente, tento acompanhar seu olhar e me deparo com uma porta aberta, provavelmente arrombada.

Lúcia sai correndo, acompanhada de todos. — Quem teria feito uma coisa dessas? — Susana fala já dentro da casa.

O local estava horrível, detonado. Parecia que um furacão tinha passado ali, mesas caidas, vidros quebrados, era uma cena muito triste de se ver. Me aproximando de um pilar, encontro um papel. Uma carta.

"O fauno Tumnus, é acusado por alta traição contra sua Majestade Imperial, Jadis, Rainha de Nárnia, por receber inimigos e confraternizar com humanos." Assinado — Maugrim, Capitão da Polícia Secreta. Viva a Rainha!

Assim que termino de ler, entrego para Susana. — Muito bem. Agora nós temos mesmo que ir em bora.

— Mas e o Sr. Tumnus? — Lúcia fala segurando a mão de Pedro.

— Se ele foi preso por apenas estar com um humano, acho que não temos muito a fazer aqui. — Susana fala e me entrega a carta, para devolver ali.

— Vocês não entendem. — Lúcia fala olhando para todos, me senti um pouco culpada de não poder interferir em nada. — Eu sou o humano, ela deve ter descoberto que estivemos juntos.

— Talvez devessemos chamar a polícia. — Theodore tenta dar uma ideia.

— Eles são a polícia. — Eu respondo apontando a linha onde estava escrito polícia secreta no papel.

Pedro tenta confortar Lúcia. — Não se preocupe, vamos tentar ajudá-lo.

— Por que? — Edmundo, que estava olhando para fora da casa pela porta pergunta. — Ele é um criminoso.

De repente, um pássaro de cor avermelhada aparece e pousa numa árvore ali perto, fazendo pss. Geralmente pássaros não fazem pss.

Esse pássaro acabou de fazer pss pra nós? — Theo pergunta.

Todos nos aproximamos da porta, para olhar para fora.
Todos sairam, olhando em volta. Escuto um galho se quebrando. Aquilo estava estranho demais. Theo, que no fundo era um pouco medroso se aproxima de mim. Outro barulho.

O som foi ficando mais frequente e em uma só direção, para qual todos olham, esperando algo parecer. Quando o ser finalmente se revela, era um Castor.

Pedro, que estava mais a frente, estica a mão e faz um barulho, talvez tentando atrair o animal e fazer amizade.
— Eu não vou cheirar isso, se é o que você quer. — O animal solta de repente. Lúcia e eu rimos. — Lúcia Pevensie? — O castor pergunta.

— Sim? — Ela responde dando um passo a frente. O animal estica a pata, que segurava um lencinho simples. — Foi o lencinho que eu dei ao Senhor...

— ...Tumnus, ele me entregou antes de o levarem.

— Ele está bem? — Lúcia pergunta preocupada.

— Me sigam. — O castor diz, sem dar nenhuma resposta.

Pedro, eu e Lúcia demos alguns passos, mas paramos quando vimos que o resto do grupo recuou.
— O que você estão fazendo? — Susana pergunta.

É verdade, o que estamos fazendo?

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⏰ Última atualização: May 15 ⏰

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☆ Esᴛʀᴇʟᴀs ᴇ Cᴏʀᴏᴀs | 𝑃𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑠𝑖𝑒 ♕︎ | Book OneOnde histórias criam vida. Descubra agora