Capítulo 7

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Ana

O amor é sacrifício, por isso quando Rodrigo me pediu para provar meu amor por ele não pensei duas vezes. Ele disse para eu conseguir um valor alto e entregar à ele, sem pensar duas vezes peguei o dinheiro que meus pais guardavam e dei para ele.

Eu sei que parece insano, mas fiquei feliz ao ver seus olhos brilharem pelo valor que consegui para ele. Pela primeira vez, seus olhos brilharam ao olhar para mim e ouvir que ele admira meus sentimentos por ele, que ia me dar uma chance.

Era para diferente, era para ele começar a me amar, mas meus pais descobriram que o valor foi roubado. Pensei muito sobre o que fazer e logo achei a solução. Minha prima poderia repor com seu dinheiro, pois ela tem muito. Mas para minha insatisfação, ela não quis mexer no dinheiro dela.

Rodrigo ligou para mim e disse que foi espancado pelos amigos da Eliza. Ele disse que não esperava isso de mim, que era melhor eu ficar longe dele.

Meu coração aperta só de pensar que ficarei longe dele por minha idiotice, eu devia ter resolvido o problema de outra forma. Eu faria tudo para ser a pessoa que está no seu coração.

Ver a Eliza entrar pela porta com o valor me encheu de raiva, ela o machucou por isso e vai pagar.

— Mãe e pai, eu preciso mostrar algo. – digo.

Levo-os até onde a Eliza estava a guardar o dinheiro.

Assim que ela se vira, minha mãe bate em seu rosto. Ela olha para mim com os olhos cheios de lágrimas.

— Eu sabia, só poderia ter sido a minha sobrinha órfã. – diz minha mãe, enfurecida.

— Eu não esperava isso de você. – digo com a melhor expressão de surpresa possível.

— Nós te acolhemos e você faz isso? Você é mesmo uma vergonha. – diz meu pai.

— Por que está fazendo isso? – pergunta Eliza olhando para mim.

— Vou ligar para seu tio, alguém tem que se responsabilizar por isso. – diz minha mãe.

— Você merece por ser uma ladra. – digo.

Eliza sai correndo de casa.

Por culpa dela, eu terei que ficar longe de quem amo. Ela merece sofrer por isso.

...

Dia seguinte na escola.

Eu estava ansiosa para poder vê-lo e me desculpar. Procurei por toda parte e não o encontrei, porém cruzei com Luana no corredor.

— Você é a prima da Eliza, né? – pergunta.

— Sim, sou. – digo.

— Diga à ela para se afastar da Luiza, ela não conhece o mundo dela e com certeza não é cor de rosa como o dela. Dê meu recado. – diz Luana.

— É até bom para a Luiza, a Eliza é uma ladra e esse tipo de pessoa não é pra se ter amizade. – digo.

Luana se vira e caminha para longe.

...

Depois da aula, caminho pelo corredor sem esperança, porém vejo ele todo machucado na minha frente.

— Ana. – diz Rodrigo.

— Eu sinto muito, não queria que isso tivesse acontecido. – digo com lágrimas nos olhos.

— Você me ama? – pergunta.

— Sim, mais que minha própria vida. – digo.

— Então, fará o que irei te pedir. – diz Rodrigo olhando para mim.

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