Lucas acorda meio zonzo naquele quarto frio do bunker. Do lado de sua cama, sua irmã mais nova, Marian de 14 anos estava se encontrava no quinto sono, deitada e sua boca aberta, ao contrário de seus olhos.
Lucas escovou seus dentes e vestiu sua roupa, preparado para mais um dia com pessoas se perguntando "como seu nome seria Lucas se seu corpo era feminino". Seu processo de descobrimento de gênero foi o pior de todos, e aprendeu a lidar com aqueles comentários da maneira mais dolorosa imaginável.
-Lu? - Marian acabara de levantar da cama, seus cabelos morenos arrepiados e sua mão ao rosto esfregando seu olho, a garota usava um short branco que iria até a metade da coxa e uma blusa que havia com a cor do short que havia pegado de seu irmão.
-Mari?- O garoto disse enquanto enxugava seu rosto na toalha. O garoto virou para trás onde encontrou sua irmã - Mari! Minha blusa, idiota! - Lucas falou e se aproximou de Marian dando um leve tapa no ombro da mesma - Marian riu - Calma aí, atacante, vou tirar - A garota foi do riso á um sorriso leve. O garoto saiu do banheiro e deixou sua irmã entrar para tirar sua aparencia de cadáver.
Os dois eram meio irmãos, com descendências Brasileira, Indígenas e Coreanas, Lucas tinha descendência coreana e brasileira com sua pele branca olhos negros e grandes e cabelos lisos e pretos, já em Marian obtinha-se a descendência indígena e brasileira, ambos normalmente se comunicavam em português do que em francês ou inglês, seus pais falecidos fizeram questão de os ensinar a língua de seu país de descendência
Os dois saíram do quarto e, estranharam o movimento do bunker, até ouvirem as conversas das pessoas sobre abrir o bunker novamente
-2199 flashback on-
-Não! Lu! Primeiro Dama, depois Xadrex! -A garota de 11 anos gritou- A gente jogou Xadrex primeiro ontem, lembra?- Os irmãos estavam discutindo sobre qual jogo de tabuleiro jogar, eles tinham sempre um combinado de jogar antes de dormir, como um "jeito de exercitar a mente no final do dia", seus pais deram a ideia.
Lucas com 12 anos já havia se descoberto transsexual, seu processo de aceitação ainda estava em andamento, mas todos daquela casa já haviam se acostumado a chamar o menino de pronomes masculinos
-Não! Marian, só essa- Lucas foi interrompido por seu pai -Ei! Crianças!- Nate, o pai de Lucas havia entrado no quarto - Olhem bem para mim.- Disse o homem, e os dois jovens olharam para a mão dele que se encontrava batendo no lugar ao lado onde o homem estava sentado, informando para irem para lá. -Eu e, sua mãe - Disse se direcionando para Mari, o que não era mais preciso, Lucas já considerava Lucy como sua mãe. -Vamos entrar no teste de moradia na terra - Nate liberou sua fala como se um peso estivesse saído de suas costas.
Mari olhou com seus olhos brilhando para os dois se preparando para falar algo mas Lucas à cortou -O que? Não! Vocês correm riscos de morte, Não! Não, eu... - Suas forças de fala haviam sido tomadas pelo choro.
-O que?! - Mari era pequena demais na época para entender a gravidade da situação.-flashback off-
os dois engoliram seco como se fosse combinado e se entreolharam com uma dor no fundo dos olhos, ao lembrar dos pais.
-Burrice?- perguntou Marian - Talvez - Respondeu Lucas com tom sarcástico e, logo depois desviando o olhar para as pessoas com roupas especiais subindo para a porta do bunker - Mari suspirou -
No segundo que as pessoas desconhecidas subiram para superfície, Lucas fechou os olhos como se prevê-se a morte das pessoas.
-Lucas! -Marian gritou- Lucas! - Gritou a menina novamente puxando a blusa do menino que abriu os olhos.
-A... A luz! -Lucas exclamou. A luz que estava em vermelho à mais de uma década havia mudado a cor para um verde claro, o que media a temperatura de moradia para o ser-humano na terra, segundo as pessoas no bunker.Vinte pessoas foram permitidas a saída do bunker, e duas delas foram os irmãos Thotyukle já que estavam próximos ao local. Eles estavam lá, na superfice tanto falada, respirando o ar da Terra, era um ar doce, porém, frio, bem frio.
Um barulho de flecha foi ouvido, e um tiro atingido em uma das 20 pessoas que, não foram nenhum dos dois orfãos.
Todos se abaixaram e um leve barulho de uma luta rápida foi ouvida de trás das árvores, até um garoto da mesma faixa etária de idade de Lucas pulou as plantas, com uma mão suja de sangue, o que tudo indicava que ele havia realizado a curta luta á uns segundos atrás. O menino vestia uma roupa de frio com: pelos no "cachecol" do casaco, e o resto da roupa fechada, preta com abertura nas mãos e nas pernas por conta dos rasgos.
As pupilas do menino moreno coreano dilataram com o garoto, nem sequer havia de importado em saber como esse garoto estava vivo fora do bunker.
Mari olhou para Lucas e perguntou se aquela vermelhidão em seu rosto era pelo medo ou ele realmente havia perdido a postura com o garoto á sua frente, mas ela entendeu quando uma garota cacheada, cílios grandes, olhos expressivos, boca rosada e usando o mesmo estilo de roupa do garoto que Lucas havia perdido a postura pulou de trás dos arbustos e plantas.Ela pulou com um cara de cabelos curtos, quase raspados, branco com sangue na testa. Mari logo fez cara feia para ele.
Um homem do bunker levantou uma arma e, a destravou, Lucas levantou sua mão e abaixou a arma na mão do homem.- Ei! Calma, eles tentaram nos ajudar! - Ele disse. A arma foi abaixada e a situação aparentemente resolvida.
**
Alguns estavam sentados á fogueira que os desconhecidos haviam montado.
Lucas é Mari em um tronco em frente á fogueira e os outros três que haviam aparecido mais cedo em outro.-Oi!- Disse a cacheada de mais cedo. Mari olhou para cima onde ela estava, e Lucas seguiu o olhar da irmã. -Oi!- Marian se perguntou da onde havia tirado aquela coragem.
-Obrigado por ter salvado nossa vida hoje mais cedo.- Disse o primeiro garoto que havia pulado dos arbustos.
-De nada.- Disse Lucas se xingando em sua mente por ser tão tímido assim.
Os dois se sentaram ao lado dos irmãos e, Lucas ficou pensando como iniciar uma conversa por alguns segundo que pareceram séculos. -Qual nome de vocês?- Lucas achou aquela pergunta levemente infantil, mas deixou fluir.-Matheus Kholanghyud
-Laíhs Kholanghyud- Antes que um dos irmãos pudessem falar algo Matheus apontou para o menino que havia ficado no pedaço de tronco.
-Aquele ali é Kaio Kholanghyud, nosso irmão- Mari abriu um sorriso em seus lábios e perguntou- Ele é seu irmão?! - se direcionou á Laíhs.
-Sim.- A menina respondeu. Mari sentiu um leve alívio, e, a outra estranhou.
A conversa fluiu
YOU ARE READING
Amor Metafórico
RomanceEstamos em 2170 e uma nevasca, chuvas fortes e temperaturas baixas são localizadas como furacão no Polo Norte, vindo para Paris, e ocupando o mundo inteiro. Os moradores se enlouquecem antes de descobrirem um bunker embaixo da terra. Pessoas de tod...