3. Aquela que ilumina

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      Luna era mestre na arte de fingir. Fingir que estava tudo bem. Fingir que ela nem era tão presente assim na realidade. Fingir que as coisas não lhe machucaram.
      Seu nome era em homenagem a lua, sua mãe era apaixonada por tudo que estava lá em cima: o céu, as estrelas, os astros e os cometas. Quando Luna tinha 4 anos sua mãe não pôde conter sua paixão e foi morar com tudo aquilo que ela amava.
        Desde sua partida, a menina gostava de passar um tempo com tio Xenofílio. Ele era um homem que, assim como ela, vivia no mundo da lua. Acreditavam em seres que não eram vistos por outras pessoas e, para ser honesta, muitas vezes nem eles mesmos viam.
            Luna não tinha tanta dificuldade em ocultar seu segredo como suas amigas, ela apenas ela era mesma, escondendo aquilo que não queria que vissem, assim sempre foi mais fácil.
            Assim como todas as suas amigas, seus anos iniciais em Hogwarts não foram fáceis, mas ela conseguira seguir em frente. As pessoas as vezes podiam ser más, não compreendiam que, independente de tudo, todos eram seres humanos.  A menina já era acostumada a receber olhares estranhos por onde passava, e só um tolo acreditaria que suas roupas viviam sumindo do nada. Ainda sim, guardava certo rancor pelo corpo docente apenas assistir todas elas tendo sua adolescência estragada pelos alunos.
           Mesmo com tudo isso, mesmo com toda a tristeza, de uma coisa ela tinha certeza: sonhar acordado pode não ser a melhor coisa para a mente, mas é a melhor para o coração. As vezes sonhar pode nos afastar um pouco do mundo real e, mesmo que momentaneamente, nos fazer esquecer da dor de estar aqui.

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