Porchay POV
Eu preciso correr. Era tudo que estava na minha cabeça naquele momento. O cara que eu estou ficando a algum tempo, e meu amigo a alguns anos me ligou me chamando até a casa dele e eu tenho certeza de que é para me pedir em namoro.
Como tenho tanta certeza? Bom, pra que mais ele me chamaria as dez da noite na casa dele se não para uma surpresa romântica?
Desço e faço o sinal para o táxi parar e entro logo que ele encosta. Digo o endereço e retiro minha jaqueta a deixando ao meu lado e pegando meu celular para verificar se teria sinal de alguma mensagem.
— Porchay? — O taxista diz meu nome e eu o olho curioso.
— Hum... sim? Me desculpe, a gente se conhece? — desligo a tela do meu celular e presto atenção nele.
— Estudamos na mesma escola, mas eu estava dois anos acima — Ele ri e para no sinal.
— Ah, sim... — Sorrio fraco.
— Tudo bem não se lembrar de mim, nós nem conversávamos muito. Conversamos poucas vezes antes da formatura — Ele explica enquanto o sinal ainda está vermelho.
— E você me reconheceu depois de tanto tempo? — Pergunto com um sorriso ladino.
— Nunca esqueço um rosto — Ele diz me olhando através do espelho retrovisor e então o sinal se abre. — Então, posso me intrometer e perguntar por que está tão lindo hoje? — Rio com o elogio.
— Estou indo para a casa do cara que estou ficando, tenho certeza de que ele vai me pedir em namoro — Ele levanta as sobrancelhas ao mesmo tempo que torce o lábio pra baixo.
— Não o conheço, mas com certeza vocês serão um bom casal. — Solto o ar em meus pulmões balançando de maneira nervosa as mãos.
— Eu espero mesmo que sim — Forço um sorriso
— A propósito, meu nome é Kim. — Ele pisca e eu sorrio envergonhado por não lembrar dele.
(...)
Paramos em frente à casa de Macau e eu desci entregando o dinheiro para Kim.
— Obrigada — Agradeço e me viro para a casa.
— Porchay — Ele me chama e então o olho por cima do ombro — Relaxa, você está lindo, vai dar tudo certo. — Sorrio em agradecimento e ele sai com o carro.
Passo pelo portão e levo a mão até o bolso de minha jaqueta. Ou pelo menos, onde ela deveria estar. Merda, devo ter esquecido no táxi!
Okay, já era! Mas pelo menos meu celular continua comigo. Verifico meus bolsos vendo se não deixei nada para trás além da jaqueta, e não, nada. Ainda bem!
Toco a campainha e Macau me atende. Ele me dá espaço e eu entro indo até o sofá e me sentando.
— Obrigada por vir. — Sorrio fraco.
— Por que não viria? Mas me fala, por que me chamou? — Pergunto
— Na verdade, eu queria te contar uma coisa... De um tempo para cá eu acabei percebendo que não damos certo Chay... — Franzo o cenho — Eu comecei a reparar em outra pessoa e... Eu te chamei aqui porque não seria certo fazer isso por mensagem. — Ele respira fundo — Eu estou gostando de uma garota e quero que a gente pare de se ver. — Meu peito dói e eu fico sem reação.
Abaixo o olhar e respiro fundo o olhando momentos depois afirmando.
— Tudo bem... — Me levanto — Então já que falou o que tinha que me falar, eu não tenho muitos mais motivos para continuar aqui. — Ele se levanta.
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𝐓𝐇𝐄 𝐓𝐀𝐗𝐈 𝐃𝐑𝐈𝐕𝐄𝐑 - 𝐊𝐢𝐦𝐜𝐡𝐚𝐲 𝐕𝐞𝐫𝐬𝐢𝐨𝐧
أدب الهواةDestino... Pra muitos é uma coisa em que jogam a culpa pelas ações que tomam. Pra muitos é uma desculpa esfarrapada, mas pra mim não. Pra mim sempre foi só uma palavra... Até a noite passada. Onde, o que eu posso chamar de destino, me uniu novamente...