Vinte e cinco anos após o massacre original em Woodsboro, a cidade volta a ser palco de uma nova e brutal onda de ataques. Desta vez, o alvo do assassino é duplo, ele deseja não só reviver a infâmia dos assassinatos passados, mas também manchar com...
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Tara estava sozinha em casa, a noite já tinha se instalado com um manto de silêncio e a luz da lua entrava pela janela, iluminando a cozinha de maneira suave. Ela, distraída, mexia em seu celular enquanto tentava encontrar um lanche. De repente, seu telefone tocou.
— Ah, alô? – uma voz masculina soou do outro lado da linha, fazendo o coração de Tara acelerar um pouco. —A Cristina está?
— Não, no momento ela não pode falar. Quer deixar recado? – Tara perguntou, começando a se mover pela cozinha em busca de algo para beliscar. Ela pegou um banco e o arrastou até o armário, subindo nele para alcançar a prateleira mais alta.
— Ah, desculpe. Eu sou amigo do grupo... Droga! – A voz soou confusa, quase hesitante.
— Ok! Amigo do grupo, droga – disse Tara, soltando um risinho nervoso enquanto tentava se concentrar na busca. Algo sobre a voz do estranho a intrigava.
— Acho que eu não... Bem, não deveria falar sobre isso. Olha, pode só dizer que o Charlie ligou?
— Claro. É só me dizer de que grupo você é. – Tara estava intrigada, mas uma sensação estranha começou a se formar em seu estômago.
— Você realmente fala como ela descreveu – continuou o homem, e as palavras dele atraíram a atenção de Tara.
— Ela fala de mim no seu grupo? – indagou, seu interesse crescendo.
— Acho que não posso falar sobre isso. Mas... bem, sua mãe te ama, está sempre falando sobre como você é criativa, que adora arte e filmes.
— Todo mundo gosta de filmes. – Tara estava tentando esconder a empolgação que sentia ao saber que sua mãe mencionava seu nome.
— Ah, ela disse que você gosta de filmes de terror. A propósito, qual seu filme de terror favorito, Tara? – A voz soou animada, e Tara sentiu um ímpeto de compartilhar sua paixão.
— Babadook, com certeza. É uma bela reflexão sobre sofrimento e maternidade. É horror em alto nível – disse ela, já com um brilho nos olhos.
— O que quer dizer com 'horror em alto nível'?
— Ah, 'cê sabe. É tipo terror, mas com uma estrutura temática e emocional complexa. Nada daquela besteira que nos faz dar pulinhos e gritos de susto. – Tara estava gostando da conversa e até se esqueceu de que estava sozinha em casa.
— Parece chato. Você já assistiu Facada? – ele perguntou, um tom de expectativa na voz.
— Uma vez, eu acho. Na casa de uma amiga quando tinha 12 anos.
— Você mora em Woodsboro e não assistiu Facada? Mas sua mãe adora esse filme! Certo, você deve lembrar do original, do que lembra? – ele parecia indignado.
