PARTE 2 - 30

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— Papai! — Henry corre até mim e a única coisa que eu conseguia fazer era ficar parado observando Shivani me olhar

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— Papai! — Henry corre até mim e a única coisa que eu conseguia fazer era ficar parado observando Shivani me olhar. Estávamos congelados, nem eu conseguia pensar.

— Noah... O que... É isso? — Ela me pergunta, como se eu tivesse a traído, e realmente devo ter ferido algo assim nela.

— Shivani eu posso explicar... — Suspiro pesado pegando a criança em meu colo.

— Por favor me explique, porque não quero sair daqui sendo chamada de titia sendo que nem sabia que era. — Olhou para a criança e suspirou pesado. Pegou Henry de meu colo. — Ele é o que seu, neném?

— Moxa estanha? — Olhou pra mim e neguei com a cabeça. — Ele é papai. Papai meu. — Sorriu fraco. Henry tinha cabelos loiros iguais os da mãe, mas os olhos eram verdes como os meus. Vários traços dele lembravam de Lorena, mas vários também eram "parecidos" com os meus traços.

— Papai seu é? — Riu me olhando e suspirou pesado. — Noah, quando ia me contar?

— Shivani... — Suspiro tentando conter as lágrimas.

— Vou me retirar. Henry, venha comigo. — Wendy disse já meio cabisbaixa e então saiu já com Henry em seu colo e fechou a porta.

— Quando ia me contar sobre tudo isso? Quem é ele? Quem é a mãe dele? — Sentou tentando manter a calma.

— Agora... — Digo por fim. — Ia te contar agora mesmo, mas minha mãe foi mais rápida, desculpa. — Me sentei ao seu lado e fungo o nariz sentindo uma lágrima solitária descendo.

— Quando descobriu isso? Estava distante por causa do bebê? — Perguntou e senti seu olhar firme em mim, a olhei.

— Tem duas semanas e sim, foi por isso. — Pausei por um tempo e tentei me manter forte. — Se não quiser ficar mais, eu entendo. Agora tenho um bebê comigo e também não pretendo abandonar ele que nem antes, quando nem sabia que ele existia. Henry precisa de mim. — Digo por fim, já imaginando como seria caso ela realmente partisse.

— Noah eu não vou embora por causa disso. Eu te amo e preciso que entenda que essa criança não tem nada haver com minhas escolhas. — Ela apoia as mãos nas minhas e sorri fraco. — Eu estou aqui, entendeu?

— Sim... — Não conseguia olha-lá. Não conseguia me sentir melhor. Escondi isso por duas semanas, duas. — A mãe dele morreu.

— Como? — Ficou assustada.

— Eu tive um caso com a mãe dele há uns dois anos atrás, ou um pouco mais. Ela era mais velha, tinha dezoito na época e então fomos pra cama em um verão que passei fora do país. Depois disso, os pais dela me disseram que ela tentou me procurar pelo México quase inteiro e não obteve sucesso. Então, ela acabou parindo e achou o colégio, mas deixou de lado para caso algo importante aconteça.

— Ela sabia de alguma doença? — Ficou confusa de repente.

— Não, ela morreu por acidente. Acidente em que um caminhão colidiu com a moto dela enquanto ia buscar Henry na escolinha. — Suspiro mais uma vez. Isso não só era algo pesado como frágil, como não ficar? — Então os pais dela até cogitaram em ficar com a criança, mas sentiram que eu ao menos deveria saber. Fui lá vê-los, não no México, eles viram pra cá umas semanas depois da morte da filha, sabe? Não gostam tanto assim da tristeza, o que me deixa bastante surpreso. Não é de se ver isso, mas enfim... Eles queriam que eu ao menos soubesse da existência de meu filho e então foram conversar comigo sobre enquanto ele estava com a babá. A saúde deles não estavam mais das melhores...

— Então você e eles decidiram que seria melhor você mesmo ficar com a criança? — Perguntou e afirmei.

— Sim, então decidi ficar com Henry e desde então estamos resolvendo as coisas para poder ficar com ele. Provavelmente não farei faculdade por enquanto ou pelo menos o colocarei em uma escolinha. Não me sinto confiante ainda para botar ele em um lugar desconhecido e minha mãe mesmo dizendo que cuidaria dele sem problemas, não consigo me conter da culpa e fazer com que fique toda hora com ele praticamente. — Olho pra baixo.

– Ele é um garoto fofo... — Shivani diz e beija meu pescoço, um selar. Era o único lugar possível além da bochecha, vamos dizer.

— Eu sei. Ele é adorável. Um garoto cheio de energia, amor, carinho, então acho que a família de Lorena é assim. — Sorri de lado. — Eu acho que já estou amando aquele pirralhinho sabia?

— Difícil não amar um pequeno, mas olha, estou aqui pra tudo. Tudo mesmo, okay? Vamos passar a fase de criação dessa criança juntos, se quiser.

— Não quero ser um problema, minha gostosa. — Rio sem graça e selo seus lábios.

— O tempo em que você era problema já passou, agora você é tudo menos isso. — Sorriu e se levantou. — Vamos na sua mãe pegar Henry e deixar ele conosco. Não quero ser estranha pra ele e nem titia. Posso ser uma boadrasta, que tal? — Riu e sorriu largo, mas apenas a puxei e beijei ela em um beijo rápido.

— Eu te amo, Shivani Paliwal. Que porra! — Me levanto agora com ela em meu colo.

— Você me deve uma, gatinho. — Riu e me beijou. — E sabe como pode me pagar, não sabe?

— Uhunm... Sei, mas agora temos que focar em outra coisa. Isso vai mudar muito na minha vida... — Suspiro e me sento com ela em meu colo ainda.

— Se você quiser, eu estarei contigo para esses momentos. — Beijou minha bochecha.

— Meu problema não é esse. — Olho pra baixo.

— E qual é? — Levantou meu olhar colocando a mão em meu queixo.

— Meu problema é atrapalhar sua vida perfeita.

Notas

Tá mt fofo esse casal, hmmmmmm

Tchau gente❤️

Secrets─𝗡𝗼𝗮𝘃𝗮𝗻𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora