Prólogo

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  Dizem que pessoas traumatizadas não se lembram muito da infância, mas sinto que meu caso é um pouco diferente, não acho que eu seja tão traumatizado, sim, aconteceu coisas em minha infância, porém nada que consiga me abalar facilmente.

   Um dos poucos momentos que lembro de minha infância, é da época em que eu tinha míseros dez anos, no verão de 2015, papai e mamãe foram viajar, e eu fiquei em casa com uma babá, seu nome era Angela Hoyt, ela ficaria vinte dias em nossa casa.

   Não posso dizer que foi um inferno, pois não foi, não precisei ouvir gritos e brigas diárias e casuais de meus pais, pude comer várias guloseimas e ficar acordado até depois das dez.

   Angela era uma péssima babá, mas uma ótima colega, se posso dizer assim, ela tinha fama de ser egocêntrica, arrogante e má, mas dizem isso porquê não conheceram seu espírito jovem e sentimental.

   Ela era loira, tinhas os olhos verdes os mais vazios que eu já vi em toda minha vida e para piorar, fumava como um velho com câncer de próstata, ou de pulmão. Talvez isso aliviasse seus pensamentos.

   Enfim, a grande parte da minha infância, gira em torno da "Avril Lavigne depois das drogas da deep web", vulgo a mais divertida e ignorante babá de meu bairro, Angela.

   Atualmente não ouço muita falar sobre ela, pois estou bem focado em meu futuro.

   Faço faculdade de biomedicina durante o período matutino e a tarde, trabalho no restaurante mais frequentado por idosos dessa cidade, "Old Texas".

   Não sei se fico feliz ou chateado por ver apenas idosos durante toda minha tarde, bom, estou exagerando, às vezes vejo alguns jovens retrôs por aqui, às vezes.

   Sei que também, quando não estou fazendo hora extra, a noite, volto para a faculdade para dar uma breve estudada nas bibliotecas ou até mesmo nos laboratórios.

   Prezo muito meu esforço, pois sei que mereço, ambicioso? Talvez, mas não penso que seja no mal sentido, afinal, todos devem pensar nos benefícios que terá a si mesmo.

Prólogo feito por: jessieszs

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