Capítulo 14: Conforto

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Castiel acordou com náusea e bexiga desesperadamente cheia.

— Droga — ele murmurou, empurrando-se para fora da cama e correndo para o banheiro, rezando para que pudesse segurar sua necessidade de vomitar por tempo surficiente para se aliviar. As manhãs durante a gravidez eram as piores.

Dean entrou no banheiro enquanto a cabeça de Castiel ainda estava no sanitário botando pra fora a bile e o escasso conteúdo do seu estômago.

— Você tá bem? — o homem perguntou.

Castiel gemeu, arfando novamente. Não era bem assim que ele planejou cumprimentar o seu amante depois da noite anterior.

— Estou grávido, vomitando e vou continuar assim pelos próximos meses — ele resmungou, limpando a boca com as costas da mão e dando descarga no vaso sanitário. — Estou ótimo.

Dean se ajoelhou ao lado dele e colocou uma mão fria em suas costas ardentes, esfregando círculos suaves e calmantes. Castiel gemeu, a pressão aliviando um pouco da dor em seus músculos.

— Sinto muito que não esteja bem — ele murmurou, pressionando um beijo gentil no pescoço suado e corado de Castiel. — Há algo que posso fazer?

Castiel balançou a cabeça.

— Só tem que esperar que passe — ele murmurou. — Eu deveria tomar banho e escovar meus dentes. Acho que isso vai ajudar.

— Vou pegar um pouco de água para você. Quer que eu se junte ao banho? — Dean levantou-se, despenteando o cabelo de Castiel, o carinho reconfortante e surpreendentemente agridoce.

Crowley nunca demostrou afeto quando Castiel ficou doente durante a sua primeira gravidez, preferiu reclamar da incapacidade do seu companheiro por simplesmente estar cuidando de si mesmo. Ele engoliu o crescimento em sua garganta enquanto a emoção puxava o seu peito. A gentileza de Dean parecia quase injusta; ele não merecia. Ele não deveria precisar disso.

— Ei. — Dean colocou um copo de água na mão de Castiel e correu um dedo pela sua bochecha, enxugando uma lágrima. Castiel nem percebeu que estava chorando. — Fala pra mim, Cass. Por que você tá chorando?

Castiel balançou a cabeça.

— Não é nada — ele assegurou a Dean, limpando furiosamente os olhos. — São só os hormônios, é isso. Acontece. — Apressadamente, ele bebeu a água e colocou o copo sobre a tampa fechada do vaso sanitário. — Estou bem.

Dean levantou uma sobrance, o ceticismo claro em seu rosto.

— Você não parece bem — disse ele, colocando uma mão gentil nas costas de Castiel. — Tem certeza de que eu não posso fazer nada para ajudar?

Castiel balançou a cabeça.

— Chuveiro, isso é tudo que eu preciso. E claro que quero que você me acompanhe. — Ele esfregou o rosto no ombro, constrangido com a mancha molhada que deixou em sua pele. — Caramba, estou parecendo um porco. Desculpa, Dean.

Dean pegou o rosto de Castiel em suas mãos e deu um beijo gentil em sua testa.

— Por que você tá se desculpando? — ele perguntou. Castiel não respondeu; Dean suspirou e se levantou, abrindo a torneira. — Vamos tomar banho, depois tomamos um ótimo café da manhã.

— Me deixe escovar os dentes primeiro. Estou fedendo. — Castiel suspirou e se levantou, pegando a escova de dentes que mantinha ao lado da de Dean no balcão do banheiro.

Dean fez uma careta.

— Talvez não seja uma má ideia — ele disse, pegando sua pasta de dente.

Tirar da boca o gosto acre do enjôo matinal foi como limpar todas as suas inseguranças e sentimentos melancólicos. Castiel se sentiu imensamente melhor com a limpeza; até seu estômago estava começando a se acalmar. Nem ele e nem Dean tinham se vestido desde sua noite de amor, então pelo menos ele não tinham roupas para atrasar o banho.

Imperativo Biológico | Destiel ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora