𝗽𝗿𝗶𝗻𝗰𝗲. minsung.

𝘂́𝗻𝗶𝗰𝗼.

ㅤera uma noite muito boa, a lua cheia iluminava as ruas vazias do reino, e as árvores faziam barulho conforme seus galhos batiam uns nos outros devido ao vento forte e gelado.

ㅤdentro do grande castelo, pessoas da realeza de vários reinos comemoravam juntos o casamento do rei Han, com uma bela moça chamada Ye‐jun, madrasta de Jisung.

ㅤsendo com por cento sincero, jisung não estava nada afim de comemorar, não sentia necessidade. estava apenas sentado em um sofá chique com uma taça de whisky sendo segurada pela destra, aproveitando a própria companhia.

ㅤé claro que, durante as duas horas nas quais a festa tinha durado até agora, havia sido cobiçado por várias moças, todas lindas, mas que não interessavam han nem um pouco. recusou vários e vários convites para ir ao centro do salão dançar valsa, todas as moças saindo com a mesma cara emburrada, como se fossem robôs.

ㅤjisung não às julga, também ficaria triste se fosse uma delas.

ㅤenquanto vagava o olhar perante o salão, em busca de algo ‐ ou alguém. ‐ interessante o suficiente para ao menos puxar um papo, avistou um garoto que parecia tão entediado quanto si.

ㅤobservação: ele era muito lindo, parecia de porcelana.

ㅤobservou‐o por mais alguns segundos, antes de deixar sua taça vazia em cima da pequena mesinha ao lado do sofá. respirando fundo antes de se levantar e andar em sua direção com a melhor postura que conseguia. durante seus passos dados até lá, o garoto virou seu rosto, capturando‐o num olhar profundo, que não foi desviado em momento algum.

ㅤagora, ao lado do garoto, de até agora nome desconhecido, jisung disse, curvando seu corpo em uma reverência:

— o que devo a honra de ter um rapaz tão bonito sozinho nessa festa?

ㅤo silêncio entre eles prevaleceu por alguns segundos, antes do moreno responder, sorrindo ladino.

— estive esperando por meu príncipe encantado, mas acho que ele acabou de chegar.

ㅤuma risada acompanhou a fala, levando jisung à sorrir devido ao som que parecia aumentar sua serotonina ao passar por seus tímpanos. educadamente, estendeu a mão ao garoto, que o olhava com um ponto de interrogação acima da cabeça.

— seria louco o suficiente para fugir dessa festa com o seu príncipe?

ㅤnão foi preciso uma resposta, pois, minutos depois, os garotos davam gargalhadas juntos, correndo de mãos dadas em meio a pequena cidadezinha vazia.

ㅤpararam pra respirar quando estavam perto da entrada da floresta, sentindo o suor escorrer em sua testa.

— que falta de educação a minha, qual seria o seu nome, meu príncipe encantado?

ㅤJisung soltou uma risada baixa, respondendo a pergunta com um sorriso nos lábios.

— eu me chamo han jisung, e você, meu bem?

— minho, lee minho.

ㅤo han suspirou, seu nome era tão bonito quanto o dono.

— para onde vamos agora?

ㅤjisung soltou um ar que sequer sabia estar segurando, pensando profundamente. para onde iriam? no momento, o castelo estava cheio, então não era uma opção. de repente, sorriu animado com a ideia que teve, quase como se uma lâmpada tivesse se acendido acima de sua cabeça, assim como nos desenhos animados.

— vamos até a minha casa na árvore.

ㅤmeio relutante, entrelaçou seus dedos aos de minho, que segurou o sorriso que queria esboçar no momento. durante a pequena caminhada no meio da floresta escura, jisung quase se arrependia de ter dado a ideia de visitarem esse local, pois, faziam anos que essa casa havia sido construída para si, e duvidava muito que ainda estivesse inteira.

— é aqui.

— uau.

ㅤchegando no local, ambos os garotos ficaram surpresos ao ver a casa na árvore até que bem cuidada, pelo jeito tinha alguém que visitava esse lugar com frequência. soltou as mãos do lee mesmo que a contra‐gosto, se aproximando das escadas que haviam ali, subindo com cuidado ao lado do moreno.

ㅤao entrar, se jogaram no pequeno colchão bagunçado e um pouco empoeirado. minho gargalhou, cobrindo o rosto com as mãos.

— não acredito que eu fugi!

ㅤmesmo confuso, jisung se deixou levar pelas risadas, rindo junto do lee, os sons em uníssono preencheram a casinha de madeira pelo resto da noite, só pararam quando sentiram o sono se acomodar em seus corpos. de manhã, acordaram abraçados um no outro, esboçando sorrisos e risadas tímidas que poderiam formar uma bela música junto ao assobio dos pássaros naquela manhã.

ㅤquem diria que dois príncipes, uma fuga e uma casa na árvore se dariam bem assim?