capítulo 23.

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 — E então, Maya — Pedri me encara e cruza seus braços na altura do seu peitoral

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— E então, Maya — Pedri me encara e cruza seus braços na altura do seu peitoral. — Quem é Lily?

Intercalo meu olhar entre o homem que está a minha frente e o papel em minhas mãos, completamente desacreditada com o que estava acontecendo.

Meu coração bate de forma rápida e forte, como se ele fosse capaz de atravessar o meu peito e parar fora do meu corpo, e minha respiração fica acelerada, como se eu tivesse acabado de correr uma maratona.

A sensação que eu tenho é como se tivesse acabado de perder o chão.

Como se eu estivesse sendo encurralada contra uma parede e simplesmente não tenho nenhuma saída.

Como se eu estivesse sendo jogada de um precipício.

Não, não, não.

Dou alguns passos para trás e tateio com a minha mão livre a cadeira, puxando-a para frente para que eu pudesse me sentar.

— Eu não estou me sentindo bem. — murmuro. — Você pode me dar um pouco de água, por favor? — Pedri apenas assente e caminha até a mini geladeira, abrindo-a e pegando a garrafa para me entregar. — Obrigada.

Eu nunca seria capaz de esquecer a Lily, mas já fazia um bom tempo que não pensava nela por ser tão doloroso para mim.

Doloroso pensar que não posso tê-la todos os dias, que não posso abraçá-la ou vesti-la com todas as roupinhas coloridas que comprei.

Doloroso demais não poder acudir o seu choro e logo depois ver um singelo sorriso se formando em seu pequeno rostinho.

É como se uma faca, grande e afiada, fosse enfiada repetidamente em meu peito de forma lenta, para que eu sentisse cada parte da lâmina me dilacerando.

Perfurando a parte mais profunda do meu ser.

Perfurando a minha alma.

É uma dor imensurável e incomparável.

— Olha... — Pedri diz e coça a garganta, me fazendo erguer a cabeça pelo barulho. — Eu ainda estou esperando uma resposta sua. Eu mereço essa resposta.

— Eu não sei como, cariño. — seu olhar estava triste e vazio. — Eu não sei por onde começar ou até mesmo como começar.

— Não me importo por onde ou como você vai fazer, eu só quero que você me fale logo. Acho que isso já ficou em segredo por tempo suficiente.

— O que você quer saber? — pergunto, por mais óbvio que seja. — O que você quer?

— O que eu quero? Eu quero a verdade. — Pedri diz impaciente. — Toda a verdade.

— Eu preciso te perguntar uma coisa antes. — ele gesticula com uma de suas mãos, indicando para que eu continue. — Quem foi que te entregou esse documento? Como você conseguiu?

Until I Found You | PEDRI GONZÁLEZOnde histórias criam vida. Descubra agora